Fiscalização da Sada em abatedouros favorece crescimento de abate bovino no Piauí

Pecuária bovina de corte piauiense teve o melhor resultado dos últimos cinco anos.

O abate de bovinos voltou a crescer no Piauí. Foram quase 51,5 mil cabeças somente no primeiro semestre deste ano, um aumento de 24,8% frente ao mesmo período de 2023. Destaque para as fêmeas, que foram sete a cada dez animais abatidos. Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se do melhor resultado da pecuária bovina de corte piauiense dos últimos cinco anos. O índice aponta, ainda, para um novo ciclo de ofertas e volumes de vendas do produto, inclusive de exportações. Em 2024, o Piauí adquiriu status de área livre da febre aftosa possibilitando, assim, um maior comércio de carne.

Todo esse ótimo resultado é reflexo das ações desenvolvidas pela Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada) junto aos criadores, principalmente nas inspeções em abatedouros. Elas ocorrem por todo o estado, feitas por equipes permanentes da Adapi (Agência de Defesa Agropecuária do Piauí). A preocupação é com o abate clandestino e os malefícios à saúde trazidos pelo consumo de uma carne sem qualquer fiscalização.

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“O trabalho que o órgão vem fazendo hoje é literalmente um trabalho que vai do campo à mesa do consumidor. No campo, um trabalho mais próximo do produtor, de conscientização, para alinhamento do que é preciso fazer. E da mesa é quando fazemos os registros de estabelecimentos que elaboram ou produzem alimento de origem animal, por meio das fiscalizações”, enfatizou Fábio Abreu, secretário da Sada.

O serviço é feito diariamente, com acompanhamento técnico e de veterinários, para levar o melhor produto à mesa do piauiense. “A fiscalização é permanente, acontece o tempo todo, sempre com um médico veterinário lá, acompanhando todo o processo, desde a chegada dos animais até a liberação das carcaças dos abatedouros e frigoríficos”, explicou Gerlan Vieira, gerente de inspeção da Adapi.

Contudo, Gerlan explica que essas fiscalizações frequentes ocorrem nos abatedouros credenciados, seja municipal, estadual ou federal. Outras inspeções acontecem mediante solicitações externas do próprio estabelecimento ou por provocação de órgãos externos, como Ministério Público ou a própria Prefeitura. Somente neste ano, foram realizados dez chamados dessa natureza em todas as regiões do Piauí.

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“São geralmente estabelecimentos que realizam abate de forma clandestina e somos chamados para inspecionar e atuarmos no processo de regularização”, pontua Gerlan. Atualmente, existem oito abatedouros registrados no Sistema de Inspeção Estadual (SIE) que realizam abates de múltiplas espécies; destes, quatro abatem bovinos.

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