Equipe da secretaria das Relações Sociais (Seres) participa do Seminário de Saúde Indígena: Diálogos para a Implantação da Saúde dos Povos Originários no Piauí, realizado nesta segunda-feira (6), que reúne representantes de dez municípios piauienses, entre lideranças indígenas e gestores municipais de saúde. A programação conta com a apresentação do Panorama Estadual dos Povos Originários no Estado, que trata da importância da medicina tradicional, além de exposição das lideranças indígenas sobre a saúde em suas localidades e de experiências e usos de plantas medicinais.
O seminário discute, também, as Políticas Nacionais de Saúde voltadas às populações indígenas com o objetivo de concretizar um plano de trabalho junto às prefeituras municipais e gestores de saúde no estado. A equipe da Seres, presente no evento, conta com o diretor de Relações Sindicais, Josivaldo Martins, com o diretor de Relações Sociais e Populares, Claudimir Vieira Gularte, com Joselita de Moura Santos, Jéssica Ellen Cruz e Misael Oliveira.
Segundo dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Piauí teve um crescimento de 144% da população indígena autodeclarada. Em 2010 eram 2.944 pessoas e em 2022, 7.198 moradores. O Cacique Henrique Manoel, diretor dos Povos Originários da Sasc, destacou o momento de escuta das lideranças indígenas sobre a situação atual nas suas comunidades, durante o seminário. “É um momento muito importante porque vamos tirar os encaminhamentos para a ampliação da saúde indígena no Piauí”, declarou.
Dirceu Campêlo, superintendente da Rede de Média e Alta Complexidade da Secretaria de Estado da Saúde, destacou a importância da abordagem da temática a respeito da saúde indígena, tanto na prevenção quanto do tratamento em si. “Para os povos originários, que proporcionalmente têm um quantitativo elevado no Piauí, precisamos dedicar esforços para que a saúde dessa população seja tratada de maneira diferenciada, para atender a sua singularidade e para que seja inserida no contexto da saúde pública do SUS, com todos os seus princípios que regem o SUS”, ressaltou.
Para o diretor da Seres Claudimir, o seminário é um divisor de águas por ser o primeiro sobre Saúde Indígena do Piauí. “É importante compreender que, para os povos indígenas, discutir saúde é mais do que simplesmente a saúde, é discutir a sustentabilidade dessa e das futuras gerações. É uma espécie de reencontro com a nossa história, para a construção de um novo modelo de sociedade. O Governo do Estado vem ampliando mudanças, inclusive em Piripiri já temos a primeira unidade de Saúde Indígena, totalmente tecnológica. Muito provavelmente saia deste seminário uma carta de compromisso dos remanescentes dos povos originários, pedindo a ampliação de ações e de políticas públicas para o fortalecimento da cultura indígena a partir dos próprios territórios indígenas”, destacou.
O evento é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e conta com apoio da Secretaria Nacional de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde e das Prefeituras Municipais e da Secretaria de Estado das Relações Sociais.
