Seres organiza encontro da Defesa Civil com movimentos populares

A secretaria de Estado das Relações Sociais articulou um diálogo entre a secretaria da Defesa Civil (Sedec), por meio da Diretoria de Prevenção e Mitigação, e lideranças do Movimento dos Atingidos por Barragens do Piauí (MAB), nesta terça-feira (23), para apresentação de projeto do movimento que prevê, entre outras ações, capacitação para prevenção de riscos aos moradores das comunidades nos arredores de barragens. O encontro aconteceu no auditório da Etipi.

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Segundo o diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil , Werton Costa, o impacto social do projeto irá alcançar muitas famílias. “Consideramos muito importante essa parceria. Discutimos um projeto que terá um impacto incrível na realidade social das comunidades do entorno de barragens, uma parceria com a Defesa Civil, Seres e MAB. Assim, buscamos fomentar um aproveitamento melhor das águas das barragens para que elas cumpram sua função social e que, com sustentabilidade, segurança hídrica e alimentar, possamos impactar positivamente a população piauiense”, contou.

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A militante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Mariana Arouche, ressaltou a importância do diálogo. “Esse momento é necessário para que possamos construir esse projeto pensando no entorno das barragens e como as famílias podem ser beneficiadas com os recursos hídricos, territoriais, relacionados à alimentação e outros”, concluiu.

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O primeiro momento do encontro foi encerrado e, em seguida, com a presença de várias entidades da sociedade civil, a Defesa Civil apresentou a Rede Observacional Colaborativa, que atuará em todo território piauiense, discutindo temáticas relacionadas às barragens, prevenção aos desastres, proteção civil e outras pautas.

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No segundo momento do encontro, a Seres mobilizou associações e sindicatos para a Defesa Civil apresentar uma proposta de monitoramento colaborativo e participativo. Segundo Werton Costa, o processo de proteção e defesa civil não pode ser feito apenas pela via institucional, é necessário contemplar a sociedade e é por isso que a lei federal estabelece que defesa civil é uma estrutura triangular e intersetorial, que envolve poder público, agentes privados e sociedade. “Pensando nisso e na realidade do Piauí, em que nossos desastres estão vinculados ao período chuvoso ou ao período seco, e considerando também que os mais atingidos são as comunidades mais vulneráveis, geralmente populações ribeiras à margem de rios e de morros, nós elaboramos uma proposta de monitoramento colaborativo e participativo que envolve os movimentos sociais”, explicou

“Nós vamos pensar numa plataforma, investir em tecnologias sociais para que as comunidades possam receber capacitações para atuar como gestores de riscos e desastres, serem parceiros da defesa civil e participarem de novos mapas. Os mapas de prevenção e os planos de prevenção agora terão a participação dos movimentos populares, com a particularidade de cada movimento, seja comunidade quilombola, seja comunidade indígena, seja vazanteiro, agricultor familiar, vaqueiro, movimento comunitário, porque eles vão participar da construção e da aplicação desses planos junto com a defesa civil”, completou.

Segundo o diretor, a Seres tem um papel fundamental como órgão articulador. “A Seres é a ponte entre o estado e os movimentos. A Defesa Civil não conhece essa realidade, mas a Seres tem uma forte identidade com esses movimentos, com seus campos de atuação e vai colaborar muito na execução desse projeto, inclusive na comunicação com os movimentos”, concluiu.

A secretária das Relações Sociais, Núbia Lopes, destacou que o projeto de monitoramento observacional com relação à segurança, de forma participativa, é uma questão que sempre buscou. “Aqui no Piauí e no Brasil nós tivemos uma interrupção muito grande na participação social, e agora precisamos recuperar o tempo perdido. Política e participação social convergem com as propostas, tanto do governo federal quanto do governador Rafael Fonteles. O Piauí fortalece, cada vez mais, a participação popular em todas as ações, projetos e propostas, que devem ser conversadas, construídas e articuladas com as organizações da sociedade civil. Por isso a grande importância da Monitoramento Participativo e da Rede Observacional Colaborativa proposta pela Sedec”, concluiu.

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