Para apoiar os jovens do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a secretaria de Estado das Relações Sociais (SERES) articulou o transporte, camisas e bonés para 102 jovens participarem do acampamento Nacional da Juventude da Via Campesina, que acontece em Brasília, de 13 a 17 de outubro de 2023.
Na ocasião, será discutida a conjuntura de luta política e social para os jovens do campo, no Brasil. O objetivo do acampamento é ser um espaço de formação da juventude para o trabalho de base nos movimentos populares do campo, das águas e das florestas, além da necessidade da democratização da terra, a partir da Reforma Agrária, para combater a fome e garantir à população dos territórios, sustentabilidade e qualidade de vida para todos.
Representantes do movimento no Piauí agradeceram a parceria da equipe da Seres, que possibilitou o deslocamento dos movimentos sociais à capital do país e ainda disponibilizou diversos materiais para os jovens, como camisetas, bonés e lenços. “O movimento social da Via Campesina agradece à secretaria das Relações Sociais, na pessoa da secretária Núbia, por todo o apoio que tem nos dado durante todo esse período e agora na construção do nosso Acampamento Nacional da Juventude da Via Campesina, que tem a Seres como uma parceira forte, uma das principais parceiras”, ressaltou Francisco de Souza, do assentamento Lisboa, município São João do Piauí e coordenador Nacional do MST.
A secretária de Estado das Relações Sociais, Núbia Lopes, destacou a importância do apoio à política de participação social e aos movimentos sociais, “é com muita alegria que fazemos a entrega do nosso apoio, do nosso empenho. É a juventude do Piauí que está indo representar o nosso estado na Via Campesina, em Brasília, uma pauta importante da juventude. Agradecemos ao nosso governador Rafael Fonteles pelo total apoio à causa”.
A Via Campesina é um movimento internacional que coordena organizações camponesas de pequenos e médios agricultores, trabalhadores agrícolas, mulheres rurais e comunidades indígenas e negras da Ásia, África, América e Europa. Uma das principais políticas da Via Campesina é a defesa da soberania alimentar, como o direito dos povos de decidir sobre sua própria política agrícola e alimentar. Isso inclui a prioridade para produção de alimentos de boa qualidade e culturalmente apropriada, para o mercado interno.
Fazem parte da Via Campesina o CIMI (Conselho Indiginista Missionário), CPT (Comissão Pastoral da Terra), FEAB (Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), MMC (Movimento de Mulheres Camponesas), IEEP (Instituto Equipe de Educadores Populares), MST e Escola Latino-Americana de Agroecologia. A Jornada de Agroecologia também conta com o apoio da Assesoar (Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural) e da organização de direitos humanos Terra de Direitos.
Repórter: Cristiana Nunes
Tags: movimentos sociais e populares, participação social, seres, via campesina