Balança Comercial do Piauí alcança superávit de R$ 493 milhões de reais em agosto

Com a soja dominando mais de 90% das exportações, o estado teve saldo de US$ 91,4 milhões de dólares somente no mês passado.

Em agosto de 2025, o Piauí exportou o valor de US$ 104,9 milhões, equivalente a R$ 566,2 milhões de reais, alcançando um superávit (diferença entre as exportações e importações) de US$ 91,4 milhões, equivalente a R$ 493 milhões de reais, que corresponde a 87% dos produtos negociados. Os dados foram divulgados na quinta-feira (04) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). 

Comparativo

No comparativo com agosto de 2024, a Balança Comercial do Piauí apresentou queda nas exportações, comercializando US$ 99,5 milhões a menos que o mesmo mês do ano passado, quando exportou US$ 204,4 milhões, apresentando queda de 48,7%. Em comparação com o mês de julho de 2025, as exportações apresentaram queda, comercializando US$ 7,3 milhões de dólares a menos que o mês de julho, quando exportou US$ 112,2 milhões de dólares, com queda de 6,5%.

Importações

Segundo dados do MDIC, as importações do mês aferido foram de US$ 13,6 milhões (R$ 73,4 milhões) que no comparativo com agosto de 2024 que alcançou US$ 32 milhões (R$ 172,7 milhões), sofrendo redução de 57,5%. 

 Exportações acumuladas

As exportações acumuladas de 2025 (janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho,  julho e agosto) foram de US$ 768,3 milhões de dólares (R$ 4,147 bilhões de reais) e as vendas do acumulado do mesmo período de 2024 foram de US$ 993,7 milhões (R$ 5,363 milhões de reais), gerando uma diferença de US$ 225,4 milhões, com queda de 22,7%.

Principais produtos

Os produtos mais vendidos foram a soja com participação de 94,8% (US$ 99,4 milhões), mel natural com 2,6% (US$ 2,7 milhões), outras gorduras e óleos animais e vegetais com 0,9% (US$ 944,2 mil dólares), algodão bruto com 0,5% (US$ 524,6 mil dólares), álcoois, fenóis e fenóis álcoois com 0,3% (US$ 314,7 mil dólares) e crustáceos, moluscos e invertebrados aquáticos com 0,2% (US$ 209,8 mil dólares). 

Os municípios que mais exportaram foram Uruçuí, Bom Jesus, Santa Filomena, Monte Alegre do Piauí, Corrente e Parnaíba. Os países que mais compraram foram  China (67%), Tailandia (14%), Espanha (10,3%), Vietnã (2,6%), EUA (2,6%) e Reino Unido (1%). 

A nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às exportações brasileiras impactou o setor do mel piauiense, principal produto exportado do Piauí para o mercado estadunidense. O Governo do Estado, em articulação com o ministério do Desenvolvimento Social, a Secretaria-Geral da Presidência da República e com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), garantiu a liberação de 95 toneladas de mel embarcadas via Porto do Pecém (CE) e mantém tratativas com o Governo Federal para ampliar a segurança comercial.

“A SDE, em parceria com a Investe Piauí, tem acompanhado de forma permanente os impactos da nova política tarifária dos Estados Unidos, que atingem diretamente o setor de mel no Piauí. Desde o episódio das 95 toneladas exportadas via Porto do Pecém, o Governo do Estado atuou de imediato, em diálogo com o Governo Federal, apicultores e cooperativas, assegurando a continuidade das operações. Nosso foco é proteger os exportadores piauienses e fortalecer toda a cadeia produtiva.” contextualiza o superintendente do Desenvolvimento Econômico, Deusval Lacerda.

Paralelamente, ações vêm sendo realizadas para diversificar mercados e fortalecer a cadeia produtiva: a cooperativa Comapi, do município de Oeiras, exportou mel pela primeira vez para o Japão, articulada pela empresa Polvo Lab; e, no mercado interno, o Governo do Piauí adquiriu 11 toneladas do produto para a merenda escolar, garantindo renda a apicultores prejudicados pela estiagem e pelo aumento das tarifas.

“O Governo do Piauí tem atuado em várias frentes para apoiar os apicultores e garantir que o mel piauiense siga conquistando o mundo. Também voltamos nosso olhar para dentro: foi adquirido 11 toneladas de mel para a merenda escolar da rede estadual de ensino, assegurando renda aos produtores afetados pela estiagem e pelas barreiras tarifárias externas.” destaca a secretária Janaínna Marques.

 

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