Centro Educacional Masculino promove ressocialização através da arte inspirada nos Huni Kuin

Oficina proporciona aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa uma oportunidade de transformação por meio da expressão criativa

Em dezembro de 2024, o Centro Educacional Masculino (CEM) iniciou uma oficina semanal de artesanato denominada “Mane”. A atividade é ministrada pelo coordenador administrativo Apollo Neto e tem como objetivo principal unir arte, cultura e ressocialização, proporcionando aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa uma oportunidade de transformação por meio da expressão criativa.

A oficina permanente se inspira nas tradições artísticas do povo Huni Kuin (Kaxinawá), um dos grupos indígenas de maior relevância cultural no Brasil. Segundo Apollo Neto, o projeto foi desenvolvido com cinco metas principais: Fomentar a criatividade e autoexpressão, promover a conscientização sobre a importância da cultura indígena, desenvolver habilidades manuais e artísticas, encorajar a reflexão sobre escolhas e consequências e estabelecer vínculos positivos com os adolescentes.

De acordo com o coordenador, a dinâmica da oficina busca conectar os participantes às suas emoções e escolhas, enquanto explora a riqueza simbólica dos Huni Kuin. “Estamos mostrando que a arte não é apenas uma forma de expressão, mas também um caminho para reflexão e crescimento pessoal”, destaca.

Os encontros semanais têm sido recebidos com entusiasmo pelos participantes. Durante as oficinas, os adolescentes trabalham com materiais variados, aprendem técnicas artesanais e exploram elementos culturais indígenas. Esse processo também promove a construção de laços entre educadores e socioeducandos, contribuindo para um ambiente mais positivo e acolhedor no CEM.

A iniciativa reflete a missão do Centro em priorizar a educação e o desenvolvimento humano como ferramentas essenciais para a ressocialização. Ao valorizar a cultura indígena e oferecer espaço para a autoexpressão, a oficina “Mane” simboliza um importante passo em direção à inclusão social e ao empoderamento de jovens em situações de vulnerabilidade.

Com o projeto consolidado, a expectativa é que mais adolescentes sejam beneficiados e que a prática se torne uma referência para outras instituições socioeducativas. “Nossa intenção é mostrar que cada jovem tem potencial para criar, transformar e se reinventar”, finaliza Apollo Neto.

 

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