Representantes de 20 cidades do Piauí estão participando do evento que irá escolher delegados para representar o Estado na conferência nacional, em Brasília
A Secretaria do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (Sasc) está realizando a 4ª Conferência Estadual dos Direitos da População LGBTQIA+. Com o tema “ Construindo a Política Estadual dos Direitos da População LGBTQIA+”.O evento termina nesta sexta-feira, 27, e participam representantes de 20 cidades, divididos em 12 polos, que irão escolher 31 delegados para representar o Estado na Conferência Nacional que acontece nos dias 25 e 26 de outubro, em Brasília.
A solenidade de abertura contou com a presença de várias autoridades. A atual secretária da Sasc, Regina Sousa e o próximo secretário do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, João de Deus Sousa participaram da abertura da Conferência.
Regina Sousa, Secretária do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, fez uma reflexão sobre a importância do evento para a comunidade LGBTQIA+. “ Pense numa mulher num país machista que mata mulheres porque elas são mulheres, aí você pensa na mesma mulher sendo negra, num ambiente preconceituoso, por ser LGBTQIA+, são muitas dores numa mesma mulher”, comentou a secretária.
Ainda de acordo com a gestora, é necessário que sejam feitas mais políticas públicas para o movimento LGBTQIA+. “ Façam alguma coisa para mudar a vida destas pessoas, com certeza quem está aqui já mudou alguma coisa em suas vidas, saiam daqui com o propósito de mudarem a vida de alguém, nem que seja uma pessoa, assim você estará cumprindo sua missão aqui na terra, estamos aqui para cuidarmos uns dos outros e sermos felizes”, declarou Regina Sousa.
Joseane Borges, Diretora de Promoção de Políticas Públicas para População LGBTQIA+ da Sasc informou que da conferência serão retiradas diretrizes para sejam transformadas em ações e políticas públicas para população LGBTQIA+. “ Durante todo o dia desta sexta-feira (27), iremos trabalhar como os grupos, só assim podemos fazer uma construção coletiva entre o Governo do Estado, os municípios e entre a sociedade civil organizada, desta forma teremos uma política pública efetiva e eficaz, que faça que tenhamos o direito de ir e vir, principalmente o direito a vida para deixarmos de ter a estatística de país que mais mata travestis e transexuais no mundo pelo décimo quinto ano, que a cada 18h assassina LGBT com requintes de crueldade. Então é essa a nossa luta para descontruirmos esses paradigmas para sejam restabelecidos nossos direitos”, acrescentou a diretora.
Já a trans e professora , Eloá Oliveira, disse que é uma grande satisfação em participar da conferência representando os 224 municípios do Piauí. “ Como uma mulher trans e negra, sou de Campo Maior. É essencial que o poder público possa contribuir através da elaboração de políticas públicas, pois é o povo que mais precisa e possam ser eficientes e cheguem em todo Piauí”, frisou a professora.
O evento prossegue nesta sexta-feira (27), com painés e os grupos de trabalho que discutirão o enfretamento à violência LGBTQIA+; Trabalho digno e geração de renda para o público LGBT; a Interseccionalidade e Internacionalização e Institucionalização da política nacional dos direitos das pessoas LGBTQIA+, todos no turmo da manhã, de 8h às 12h.
A tarde, 14h, terá a Plenária Final, Escolha de delegados/delegadas para a Conferência Nacional e finalizará com o Momento Cultural e Coquetel de Encerramento.