SAF lança programa que incentiva técnica indígena para obtenção de mel em comunidade de Lagoa de São Francisco

O diretor de Projetos para os Territórios do Semiárido, da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Francisco das Chagas Ribeiro, o Chicão, realizou uma visita técnica na comunidade indígena Nazaré, no município Lagoa de São Francisco, no sábado (24), para o lançamento do Programa de Meliponicultura. A iniciativa, em parceria com o Instituto Federal de Educação do Piauí (IFPI) de Pedro II, tem como objetivo ampliar e promover a utilização da técnica indígena de Meliponicultura e, para isso, a SAF apoiará o programa com a destinação de recursos para a compra de estruturas para o programa e o IFPI fará a parte de estudos e capacitações.

O cacique Henrique Manoel, da etnia Tabajara, fala da importância de inserir as abelhas ao habitat natural. “As abelhas indígenas são essenciais por estarem em extinção no nosso território, é preciso que técnicas sustentáveis tragam-nas de volta para a manutenção e conservação das plantas”, explica. O Programa de Meliponicultura terá como ponto de partida a comunidade indígena Nazaré e se ampliará para outros municípios vizinhos.

O que é a Meliponicultura?
De acordo com o diretor Francisco Ribeiro, o Chicão, a Meliponicultura é a ciência e a arte de criar abelhas indígenas, que são abelhas sem ferrão, a partir de técnicas desenvolvidas por esses povos originários e que, agora, está sendo mais utilizada para a produção do mel, devido suas vantagens em comparação com a apicultura (criação de abelhas com ferrão).

Vantagens da Meliponicultura
Chicão explica que este mecanismo possibilita uma produção de mel com mais qualidade. “As abelhas indígenas são mais ecológicas, elas polinizam mais flores, e apesar, de produzirem em menor quantidade, tem um mel com qualidade superior por conter mais antibióticos naturais como a inibina (peróxido de hidrogênio) e a invertase (substância que impede a fermentação do mel)”, conclui.

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