Quilombolas do Vale do Itaim realizam feira para comercializar produtos da agricultura familiar

Foto: Felipe Soares

A Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) participou, nesta quarta (1º), da 3ª edição da Feira do Trabalhador e da Trabalhadora Rural e Quilombola do Vale do Itaim – Sabores e Saberes. O evento aconteceu na comunidade São Martins, zona rural de Paulistana, e é uma realização da Associação de Desenvolvimento Quilombola (ADP), em parceria com a SAF, a Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) e a Prefeitura de Paulistana.

De acordo com o superintendente de Comercialização, Agroindustrialização e Inovação da SAF, Evandro Cardoso, os produtores quilombolas do Vale do Itaim possuem as condições necessárias para ampliar a comercialização dos produtos.

“Caminhando pelos estandes de cada comunidade, a gente vê a riqueza e a diversidade da produção familiar. Isso mostra que há potencial, que as pessoas estão produzindo. Agora, vamos incentivar os produtores a qualificar a produção e agregar valor, o que permite comercializar em mais espaços”, disse.

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Foto: Felipe Soares

Três comunidades participaram da feira, com a comercialização e exposição de frutas, verduras, peças de artesanato e derivados. A representante da ADP e moradora da comunidade quilombola Chupeiro, Maria Francisca, enaltece a importância da organização dos povos tradicionais para a construção de espaços da agricultura familiar quilombola.

“Falando em nome das comunidades negras do nosso município, quero dizer que tudo é possível quando a gente se organiza e acredita no nosso potencial. Eles têm produção, têm vontade de produzir e agora temos o incentivo”, destacou a integrante do quilombo Chupeiro, localizado no município de Paulistana.

De acordo com a superintendente de Igualdade Racial e Povos Originários da Sasc, Assunção Aguiar, a Feira Sabores e Saberes tem o objetivo de dar visibilidade aos produtores, criando espaços para divulgação e potencialização das atividades locais.

“A Feira fomenta a economia do município e das comunidades aqui presentes. Trazer os alimentos produzidos por essas pessoas agrega valor, dá visibilidade aos povos quilombolas, e permite que esses alimentos sejam consumidos por pessoas de outros municípios da região”, ressaltou.

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Foto: Felipe Soares

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