Nesta terça-feira, dia 19 de novembro, é celebrado o dia da Mulher Empreendedora. Atualmente, de acordo com pesquisa Sebrae sobre Empreendedorismo Feminino divulgado este ano, mais de 10 milhões de mulheres buscam sua independência financeira empreendendo. Muitas mulheres estão inseridas diretamente na agricultura familiar, utilizando sua produção para sustentar a si mesmas e suas famílias.
O empoderamento das agricultoras é importante para o desenvolvimento da agricultura familiar, pois, só assim, elas podem produzir alimentos de qualidade e seguros. No âmbito da produção onde desempenham um papel importante, elas assumem papéis de liderança, protagonizando a luta pela igualdade e transformando espaços para novas gerações de mulheres.
A superintendente de Ações Afirmativas e Organização Social da SAF, Márcia Mendes, ressalta a importância de reconhecer o trabalho e a dedicação das agricultoras, enquanto empreendedoras que participam ativamente de ações e projetos que a SAF realiza.
“As mulheres que lidam com a terra e vivem em áreas rurais são agentes chaves de mobilização em torno das mudanças ambientais e sociais. A identificação do feminino com a terra, com a natureza, a sensibilidade e o cuidado com a sobrevivência das gerações futuras fazem da mulher agricultora peça fundamental da sustentabilidade e da nossa existência. Portanto, ser mulher, rural e empreendedora é mais que geração de renda, é o reconhecimento da sua função e do seu papel de produtora, provedora e dona do seu próprio empreendimento,” disse.
Muitas mulheres do campo sempre desenvolveram trabalhos para além das atividades domésticas e dos cuidados familiares, atuando também na produção, em empreendimentos rurais. Um exemplo de mulher empreendedora na agricultura familiar é Susana Maria Araujo, que participa ativamente do projeto Quitanda. Ela produz chás a partir de produtos da agricultura familiar e, a partir disso, consegue obter sua renda juntamente com a sua família dentro do seu empreendimento.
“Nosso trabalho com a agricultura familiar é o que move minha vida hoje, é a nossa principal fonte de renda. Desde de pequena tenho contato com muito próximo com as plantas, e hoje faço um trabalho dentro da ginecologia natural. A gente quer melhorar cada vez mais, trazer mais acessibilidade às pessoas, fazer com que as pessoas conheçam o potencial da agricultura familiar, dos produtos sem venenos, orgânicos, e futuramente queremos trazer os produtos agroflorestais que também tem um potencial assim enorme e que pode super estar beneficiando as pessoas”, citou.
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