Espaço contou com a presença de gestores e gestoras da Agricultura Familiar que participam do Fórum Eugênio Peixoto, que acontece em Teresina
Na manhã desta quinta-feira (06), a programação do Fórum Eugênio Peixoto de Gestores e Gestoras da Agricultura Familiar do Nordeste, que acontece em Teresina, contou na programação com um painel que detalhou experiências dos estados do Piauí, da Bahia e do Rio Grande do Norte no desenvolvimento de projetos da agricultura familiar que contribuem com o combate à fome na região.
A secretária da Agricultura Familiar do Piauí (SAF), Rejane Tavares, conta que o estado tem tido experiências exitosas no fortalecimento da agricultura familiar, valorizando o trabalhador do campo. Ela elenca programas que incentivam a mecanização do trabalho rural, e a entrega de tratores e implementos agrícolas que aumenta a produção e, automaticamente, eleva a distribuição de alimentos no combate à fome.
“Na SAF, temos o Programa de Alimentação Saudável (PAS), que é um programa que gera renda para os agricultores e agricultoras e para as pessoas em situação de vulnerabilidade. Nele, o agricultor e a agricultora familiar têm seus produtos adquiridos pela SAF e distribuídos para instituições socioassistenciais que levam uma alimentação saudável para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social. O mesmo acontece com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal e é executado por nós”, cita.
Além destes programas, Rejane Tavares destaca o Programa Viva o Semiárido, que é uma importante ação para o combate às desigualdades em nosso estado.
“O Programa Viva o Semiárido é uma ação do Governo do Piauí em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), e busca reduzir a pobreza, aumentar a produção e melhorar o padrão de vida das populações com maior nível de carência social e econômica no meio rural do Semiárido Piauiense”, conclui.
Quem também participou do painel foi o superintendente do órgão responsável pela Assistência Técnica e Extensão Rural da Bahia (Bahiater), Lanns Almeida. Para ele, a experiência na Bahia na promoção do combate à fome e no desenvolvimento no campo no estado é marcada pela agroindustrialização da agricultura familiar, com investimentos na promoção de sistemas produtivos resilientes e iniciativas de proteção e recuperação ambiental, com fortalecimento institucional e investimentos em infraestrutura.
“Esse momento é extremamente importante para o Nordeste na troca de experiências, dos aprendizados com os programas, com os projetos, também com os acordos de empréstimos internacionais na importância da agroindústria para dinamização econômica da base produtiva e a diversidade, não só o aumento da quantidade dos valores, mas também da diversidade desses produtos certificados da agricultura familiar”, aponta.
O Secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar do Rio Grande do Norte (Sedraf), Alexandre Lima, apontou, durante sua exposição, que o Programa de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Pecafes) insere produtos da agricultura familiar nas compras públicas de um modo geral.
“De 2019 a 2022, o Pecafes mobilizou mais de R$36 milhões em compras públicas da agricultura familiar e tem possibilitado que outras áreas do estado comprem da agricultura familiar, não ficando restrito à Educação, por meio do PNAE. Desta forma, a agricultura familiar está inserida nas escolas, nos hospitais, no sistema prisional e socioeducativo, e ainda nos restaurantes populares, tanto para as modalidades de compras diretas quanto indiretas”, diz.
A programação da reunião do Fórum Eugênio Peixoto segue até esta sexta-feira (7) com espaços que discutem o papel da agricultura familiar no combate à fome.
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