Piauí Tech, Piauí Agro e Piauí Verde são as três vertentes do “maior projeto de desenvolvimento da história do Estado”, conforme a apresentação feita pelo governador Rafael Fonteles em reunião na sede da Federação das Indústrias do Piauí (Fiepi), na manhã desta segunda-feira, 30, com representantes da entidade, empresários e diretores sindicais do setor.
O governador e secretários de Governo ouviram as sugestões apresentadas e convidaram os empresários a fortalecerem a parceria com o setor público e pensarem juntos o desenvolvimento econômico do Estado. “É preciso confiar neste projeto de Governo, na parceria que queremos fazer. E trago isso, aqui, em primeira mão. Vou apresentar esse projeto para a bancadas federal e estadual na próxima semana. Se acreditarmos que isso é viável, é possível, é lógico, aí a gente tira isso do papel”, declarou.
Para Rafael, o Piauí carece muito da falta de confiança por parte do Estado. “Todo lugar do mundo que se desenvolveu foi a partir de uma união de esforços e com um ambiente politico-institucional adequado, propício para isso. Temos, hoje, uma estabilidade institucional”, afirma, demonstrando sua total confiança. “Estamos num bom momento, numa boa janela de oportunidades. O Governo federal está fazendo numa regionalização. E está antenado no que o mundo mais valoriza hoje: tecnologia, agro e meio ambiente. O mundo inteiro caminha pra isso e esta é a nossa proposta”, alinha.
Como empreendedor, Fonteles deu seu próprio relato. “Já participei muito da via crucis que é enfrentar a burocracia. São vários problemas no ambiente de negócio. O setor produtivo também tem que entender que o Governo olha para a sociedade como um todo. Temos que cuidar de várias questões e 99% da atenção do Estado está na prestação de serviços públicos. Geração de emprego e renda vai ficando no último capítulo. Queremos colocar agora como prioridade”, declarou.
O grande desafio, segundo o gestor, é ligar o Norte e o Sul do Piauí, de preferência passando pela capital, Teresina. “Esse é o maior projeto de desenvolvimento econômico do Estado. Tudo passa a fazer sentido”, ressaltou ele, apresentando os principais eixos do plano estratégico: implantação do anel rodoviário da soja, da hidrovia do Rio Parnaíba e Terminais Hidrovários (700 km), a Ferrovia, o Porto de Luís Correia, criação de Parques Empresariais (ao menos 10 nos quatro anos), a consolidação da Zona de Processamento de Exportação e a criação de Distritos de Inovação.
Sobre o Porto de Luís Correia, Rafael foi enfático: “Temos uma produção de 6 milhões de toneladas de grãos em que 70% é exportada e somente 30% fica aqui. O Matopiba produz 30 milhões de toneladas de grãos e só escoa pelo Porto de Itaqui e uma pequena quantidade pelo Oeste da Bahia. A cidade de Piripiri tem uma mineradora de ferro. Venho trazer uma mensagem de esperança de uma pessoa que sonha mas é professor de matemática e faz conta. Não tem sentido ter essa produção e não termos um porto”, reafirmou.
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