O governador Rafael Fonteles participou, nesta segunda-feira (20), em Teresina, da abertura do G20 Social, evento que antecede a 3ª reunião da Força-Tarefa para a construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que também ocorre na capital piauiense entre os dias 22 e 24 de maio.
Participaram do evento o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; secretários de Estado, dentre eles o secretário de Governo, Marcelo Nolleto; o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Hilo Almeida; e representantes da sociedade civil.
Rafael Fonteles afirmou que o diferencial do evento é aproximar as 20 maiores economias do mundo da sociedade civil organizada e do povo.
“No momento em que o presidente Lula coloca o social em pé de igualdade com as questões geopolíticas e econômicas, é uma demonstração inequívoca do seu compromisso e da sua equipe de ministros com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Esse debate ser feito no Piauí, que tem experiências exitosas e tem avançado bastante, é uma honra para nós”, destacou o governador.
Wellington Dias apresentou à imprensa pontos e temáticas que serão debatidas ao longo da semana pelas 54 delegações participantes do Encontro do G20. “Nesta semana, Teresina está sediando decisões importantes para o Piauí, para o Brasil e para o mundo, neste que é um dos maiores eventos internacionais da nossa história. Receberemos, a partir de hoje, o G20, o grupo das maiores economias do mundo ampliada com a presença de blocos de países organizados, países convidados e organismos internacionais”, explicou o ministro.
A partir da aliança global de combate à fome e à pobreza, foi construída a proposta do G20 Social. “Ao final, teremos um relatório que será entregue à delegação brasileira, a quem caberá extrair as propostas que possam servir de base para aprovação e encaminhamento ao fórum do G20. As discussões realizadas em nosso estado e as experiências aqui executadas contribuirão para a definição dos termos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, acrescentou Wellington.
“Temos a meta clara de tirar o Brasil do mapa da fome até 2030. No mundo, 735 milhões de pessoas vivem num quadro de insegurança alimentar grave. O objetivo é que cada país possa fazer sua parte. Essa pactuação entre os três poderes vai indicar as experiências do mundo consideradas eficientes, para que elas componham uma cesta de alternativas para que os países mais desenvolvidos possam dar as mãos aos países mais pobres, combatendo a pobreza e a insegurança alimentar”, afirmou Dias.
O ministro Marcio Macêdo detalhou a estrutura do debate. O G20 tem duas grandes trilhas, a geopolítica, coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, e a trilha econômica, coordenada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O presidente Lula, na sua chegada à presidência do G20, cria uma terceira trilha.
“Com ineditismo, o G20 Social proporciona a inclusão da sociedade civil organizada para debater as políticas públicas que serão decididas no G20 e quais serão os receptores dessas políticas. Temos trabalhado para que a cesta de projetos de combate à fome sejam feitas a partir das experiências de todos os países, mas com a participação especial do Brasil”, concluiu o gestor.
Aliança Global
A Aliança busca oferecer uma cesta de experiências exitosas de diversos países, não só de membros do G20, no combate à miséria e à insegurança alimentar. O objetivo é estabelecer um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de ações, políticas e programas no nível nacional.
A Aliança está baseada em três pilares: nacional, financeiro e de conhecimento. No primeiro, os países membros se comprometeriam a adotar políticas efetivas. Já o segundo tem por objetivo compor e alinhar uma variedade de fundos globais e regionais existentes para apoiar os países a implementar programas contra a fome e a pobreza. O terceiro pilar serviria como um polo de conhecimento dedicado a promover a assistência técnica e o compartilhamento de experiências entre os membros da Aliança.
Para consolidar essa iniciativa, foi criada uma Força-Tarefa, sob coordenação do MDS, que congrega membros do G20, países convidados e organismos internacionais. Um importante passo para a criação dessa iniciativa será dado nesta semana, entre 22 e 24 de maio, em Teresina, quando a Força-Tarefa deve definir os termos finais da Aliança Global. A previsão é que ela seja lançada em novembro, durante a Cúpula dos Chefes de Estado do G20, no Rio de Janeiro (RJ).