Piauí é o 4º estado que mais investe em ciência e tecnologia

Piauí é o 4º estado brasileiro em investimentos em ciência e tecnologia
Foto: Agência Brasil


O Piauí alcançou o 4º lugar no Brasil entre os estados que mais investiram recursos públicos em ciência e tecnologia, na proporção avaliada por um levantamento de referência nacional. É o que revela o Índice Fiec 2022, uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará, que contribui para a construção de agendas de desenvolvimento.

São Paulo (1º), Rio de Janeiro (2º) e Espírito Santo (3º) lideram o ranking. O investimento público em ciência e tecnologia (C&T) é um potencializador do investimento privado, atraindo novos atores e estimulando a inovação nas mais diversas atividades econômicas.


Parte do recurso aplicado pelo Governo Estadual em ciência e tecnologia passa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), que no ano passado alcançou o recorde de R$ 18 milhões investidos entre janeiro e outubro. O valor representa quase o dobro do executado em 2019 (R$ 10,9 milhões). Os recursos financiam ações diversas, entre elas o pagamento de 590 bolsas de estudo, que abrangem da iniciação científica ao pós-doutorado.


Por meio do Programa Centelha I, a Fapepi apoia e acompanha o trabalho de 20 empresas de base tecnológica, que seguem desenvolvendo seus projetos. Em outra frente, no programa denominado Tecnova, a instituição vem apoiando empreendimentos já consolidados no mercado, estimulando o desenvolvimento de projetos inovadores. Em 2022 foram contempladas 13 empresas no Tecnova, com investimento total de R$ 2,4 milhões.


A pesquisa é um requisito indispensável para o desenvolvimento da indústria, e os investimentos realizados pelo Governo do Piauí suscitam boas expectativas no setor. “Sempre a inovação em ciência e tecnologia traz eficiência nos processos. Significa melhora nos custos, tornando as empresas mais competitivas e os produtos mais acessíveis para os consumidores”, avalia Federico Musso, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI).

Na prática, a aplicação de uma pesquisa pode revolucionar a rotina de uma indústria. A automação de processos permite uma maior inclusão no setor, possibilitando, por exemplo, que mulheres passem a executar atividades antes exclusivas de homens. Pode ainda reduzir esforços físicos, promovendo melhoria da saúde dos funcionários, minimizando afastamentos por doenças, entre outros benefícios.


A Fapepi projeta como desafios aumentar o número de startups criadas no Piauí, ampliar o número de pesquisadores atendidos e seguir promovendo a inovação tecnológica em empresas piauienses. O trabalho promete mais resultados em curto, médio e longo prazos.


O Índice Fiec é  obtido por  três  variáveis: a) despesas em PD&I (Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), que englobam desenvolvimento  científico, desenvolvimento tecnológico e engenharia, mais difusão do conhecimento em C&T; b) despesas em atividades correlatas de C&T, que reúnem administração geral mais despesas de demais subfunções em C&T; e c) despesa total do estado. O indicador é calculado a partir da soma das despesas em PD&I e em atividades correlatas de C&T, dividida pela despesa total, ponderada pela participação do estado no total de investimento em C&T do país.

 

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