Ao total, 16 capitais brasileiras irão receber reuniões técnicas e ministeriais do fórum das maiores economias do mundo. As primeiras reuniões serão no Nordeste. Teresina/PI recebe a Força-Tarefa de Combate à Fome e à Pobreza, enquanto Recife/PE recebe a reunião do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação.
De Norte a Sul, das praias do nordeste as Cataratas do Iguaçu, pelos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia. Após a primeira série de reuniões técnicas em Brasília, capital federal do Brasil, e reuniões específicas no Rio de Janeiro e em São Paulo, o G20 vai pôr o pé na estrada Brasil adentro, com encontros marcados nas cinco regiões do país.
A proposta vai ao encontro das propostas da presidência brasileira para o G20 no país. Aproximar os assuntos do fórum da população brasileira, ao estar, também, fisicamente mais próximo; explorar a diversidade na busca por soluções aos temas mundiais, levando em conta as singularidades regionais e; vincular o debate dos temas específicos dos grupos de trabalho à realidade material dos lugares, dado os contextos de cada cidade escolhida para o roteiro. Enquanto a Sustentabilidade Ambiental e Climática será tratada em Manaus/AM, capital amazônica, a Arquitetura Financeira Internacional reunirá em São Paulo/SP, centro econômico do país.
As primeiras reuniões serão no Nordeste. Teresina, capital do Piauí, recebe, a partir do dia 21 de maio, a reunião da Força-Tarefa inédita de Combate à Fome e à Pobreza, enquanto Recife, capital de Pernambuco, a partir do dia 22, recebe a reunião do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação. As cidades receberão centenas de representantes de todo o globo, dentre países-membros e países e entidades convidados do G20. Uma oportunidade aos representantes internacionais de debaterem os temas em cidades com expertise nas temáticas e às cidades de atuarem nas relações internacionais, desenvolvimento econômico e turismo.
“Esse encontro é de extrema importância para o Piauí, porque é o nordeste pela primeira vez participando de um processo de discussão de uma temática global. É uma oportunidade também aos grupos do estado, que já trabalham na perspectiva de erradicar a fome, que são reforçados, têm visibilidade e também se apresentam como exemplos”, declarou Rejane Tavares, secretária de Agricultura Familiar do estado.
Na linha de combate à fome, o Piauí vem executando políticas públicas alinhadas ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal. Atualmente, são 137 entidades credenciadas, que atendem, via entrega dos alimentos advindos da agricultura familiar, pessoas em vulnerabilidade social.
A Prefeitura de Recife também indicou entusiasmo em receber o encontro do G20, destacando a importância da inovação aberta para mudança de realidade, com o foco no bem-estar social e desenvolvimento sustentável das cidades. “Desta forma, receber um evento grandioso do G20 para debater inovação aberta e desenvolvimento sustentável vai em linha com as premissas que a cidade aspira dia a dia, em tornar um lugar mais justo, igual e sustentável”, colocou a Prefeitura.
O Porto Digital recifense é um dos principais parques tecnológicos e ambientes de inovação do Brasil, com atuação nas áreas de tecnologia da informação e comunicação e economia criativa. Ao total, são mais de 18 mil profissionais e empreendedores envolvidos
Ainda em maio, o GT de Transições Energéticas fará seu encontro em Belo Horizonte, Minas Gerais, e o GT de Desenvolvimento receberá seus delegados em Salvador, na Bahia. Ao todo, 16 cidades brasileiras irão sediar reuniões do fórum das maiores economias do mundo, em um calendário que pode ser acessado aqui.
Para além das trilhas oficiais, os grupos de engajamento do G20 Social também estão mobilizando eventos em diversas cidades do Brasil. Exemplo o Women 20, que promove, até julho, os Diálogos Nacionais, com encontros que debatem a questão da mulher, em diferentes eixos, nos cinco cantos nacionais, e o Youth 20, que selecionou, por meio do projeto Diálogos Regionais, 30 eventos em todo país com foco em juventude.
Na rota internacional, grupos de trabalho das trilhas de Finanças e de Sherpas já reuniram e devem voltar aos Estados Unidos da América, além de cumprir agendas também em eventos na Europa, nos países Suíça, Bélgica e França.