7º Fórum Piauiense de Controle Interno inicia com manhã repleta de palestras técnicas

Teresina sediou, nesta sexta-feira (7), o 7º Fórum Piauiense de Controle Interno com palestras técnicas e motivacionais, abordando desde temas ligados à governança, compliance, integridade, até reflexões sobre propósito, comportamento e ética no serviço público.

Promovido pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), por meio da Superintendência de Controladoria-Geral do Estado (CGE), o evento também homenageia a Serra da Capivara e a arqueóloga Niéde Guidon, uma das maiores personalidades da história.

“A homenagem à Serra da Capivara e à Niède Guidon traduz bem isso. O exemplo dela nos lembra que é possível transformar realidades com ética, coragem e amor pelo que fazemos. Assim como ela cuidou do nosso passado, mantendo viva a nossa memória, nós também temos uma importante e desafiadora missão: cuidar do que é público, do que é justo e do que é de todos”, afirmou a controladora-geral do Estado, Amparo Esmério.

O superintendente de Gestão da Secretaria da Fazenda do Piauí (Sefaz-PI), Cristovam Cruz, representou o secretário Emílio Júnior no evento. Ele destacou a importância da iniciativa e reforçou o papel do controle interno na administração pública.

“O controle interno é uma peça fundamental na gestão pública. Ele oferece mais segurança aos gestores na tomada de decisões, assegurando processos mais eficientes e transparentes. Com isso, toda a sociedade é beneficiada ao receber serviços públicos de maior qualidade”, afirmou o superintendente.

PALESTRAS DA MANHÃ

A primeira palestra do dia foi do Controlador-Geral do Estado de São Paulo, Rodrigo Fontenelle, que participou do evento de forma on-line. Na oportunidade, ele abordou sobre a relação entre integridade e confiança com o tema “Integridade é o caminho?”.

“Para melhorarmos as nossas ações, precisamos melhorar a nossa cultura organizacional no sentido de integridade. E pra isso existe uma relação intrínseca entre integridade e confiança. Mas nós temos ainda muito o que percorrer no nosso país. Uma pesquisa anual sempre coloca o Brasil como um país desconfiado, nós não confiamos nos outros, nas nossas instituições privadas, nem nas públicas. As instituições têm que criar um círculo de segurança, pois é provado que alguns colaboradores só vão começar a confiar mais e fazer suas entregas da forma como deveria fazer se sentir seguro naquela organização. Então é responsabilidade de toda a organização, mas principalmente dos líderes criar esse círculo de segurança”, afirmou Fontenelle.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO SETOR PÚBLICO

O Secretário de Inteligência Artificial do Estado do Piauí, André Macedo, foi o segundo palestrante do dia e abordou a Inteligência Artificial no Setor Público. Na oportunidade, falou sobre os avanços no Estado, colocando o Piauí como o estado mais digital do Brasil, um reconhecimento conquistado através de uma série de iniciativas do governo para modernizar a oferta de serviços públicos.

“É uma honra participar do 7º Fórum Piauiense de Controle Interno, um espaço essencial para alinhar inovação, integridade e eficiência no serviço público. Apresentei um panorama objetivo da IA no Estado, do histórico e fundamentos dos modelos generativos e LLMs ao que já entregamos: capacitações em larga escala, apoio a projetos da Seduc como treinamento de professores que lecionam a disciplina de IA na rede pública, o desenvolvimento do SoberanIA, entre outras iniciativas que são motores de transformação digital do governo. Eventos como este ajudam a maturar governança, reduzir riscos e acelerar o uso responsável de dados em benefício do cidadão. Agradeço à Controladoria-Geral do Estado e à Sefaz pelo convite e pela confiança para compartilhar esse caminho.”

GOVERNANÇA E COMPLIANCE

Em seguida, o advogado e consultor Rodrigo Pironti, referência nacional em governança e compliance, apresentou a palestra “Governança e Compliance no Setor Público”, e destacou que a implantação de um programa de integridade leva tempo, exige planejamento, capacitação e mudança cultural, mas evita sanções futuras, demonstra proatividade e boa fé, protege juridicamente os gestores e melhora a governança e a imagem administrativa.

“Não há mais tempo para pensar em iniciar processos de adequação a essa nova métrica de integridade. Ao mesmo tempo me preocupa uma leitura mais adequada da norma, precisamos entender o que precisa fazer, não é sair fazendo. O sistema punitivo brasileiro não age na ação, age na omissão. Você precisa ter uma estrutura de priorização, precisa construir isso para que não se tenha problemas com o controle interno e externo. Portanto, façamos nossa parte: instituir bons sistemas de integridade e a partir daí poderemos dormir um pouco mais em paz”, afirmou.

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