Mesa Redonda aborda conhecimentos sobre 3 linhas de defesa do controle interno

A Gerência de Controle Interno da Controladoria-Geral do Estado do Piauí (CGE) promoveu nesta sexta-feira (23), o primeiro encontro do projeto Mesa Redonda, que tem como objetivo a educação continuada e a melhoria dos trabalhos da Controladoria.

Inicialmente voltado para os auditores da Gerência, o projeto é aberto à participação dos demais servidores da CGE e a proposta é que a Mesa Redonda aconteça semanalmente. Os auditores serão convidados a fazerem apresentações sobre temas de interesse profissional e proporem debates e aplicação dos conhecimentos na atividade prática da controladoria.

O tema inaugural abordou as atividades de controle interno na perspectiva das três linhas de defesa e foi conduzido pelo auditor governamental Alexandre Chaves.;

O auditor Alexandre Chaves explica que a proposta do projeto surgiu a partir da preocupação de nivelar os conceitos, definições e termos de tudo que envolve o trabalho do auditor governamental.

“Hoje, especialmente na Gerência de Controle Interno temos pessoas egressas de vários outros setores e algumas delas, percebemos que não estão alinhadas com alguns conceitos, definições e terminologias, fruto do próprio histórico de passagem por outros setores que não necessitavam ou não tratavam desses conceitos. Para ampliar o conhecimento, o gerente de Controle Interno, Márcio Rodrigo teve a ideia de fazer esse círculo semanal para discutir pontualmente algum conceito, terminologia, definição das boas práticas de auditoria, que são definidas pelo Instituto de Auditores Internos, também por organismos internacionais como o COSO e PMI (que define boas práticas de gerenciamento de projetos), enfim, assuntos necessários para conhecimento por parte do auditor. Também pretendemos capacitar, na medida do possível, as pessoas dos Núcleos de Controle Interno e gestores”, disse.

Para o controlador-geral do Estado, Nuno Bernardes, há dois pontos importantes a serem considerados na realização da mesa redonda que são de suma importância para os profissionais que atuam na CGE.

“Em uma visão mais específica, esse tema é bastante interessante para difundir as linhas de defesa e o que a Controladoria-Geral do Estado, de 2016 para cá, tem feito para realizar um trabalho profissional concatenando com as práticas e metodologias internacionais. Em segundo lugar, a metodologia. É importante ter a mesa de debate de uma maneira mais informal em que todos participem para que nós possamos fazer outras ações nessa mesma metodologia. A CGE tem vários outros trabalhos que merecem ser difundidos e aprimorados com essa metodologia de interação, participação e construção coletiva”, disse.

TRÊS LINHAS DE DEFESA DO IIA

Ao abordar as três linhas de defesa do controle interno, Alexandre Chaves detalhou a declaração de posicionamento do IIA (Instituto de Auditores Internos) sobre o assunto.De acordo com ele, o modelo das três linhas de defesa é estruturado para tornar mais efetiva a gestão de riscos e estabelecimento de controle dentro das organizações.

“É importante destacar que o controle interno só se justifica se houver riscos. Se não há riscos, não há necessidade de controle. Só que esses riscos podem ocorrer em várias camadas e o primeiro responsável por fazer o controle é o gestor, que está na linha operacional de ação, seja ele gerente, diretor ou secretário. Fez delegação e estabeleceu diretrizes, tem que acompanhar e estabelecer mecanismos de controle. A segunda linha de defesa é de supervisão para verificar se algo não foi observado na primeira linha de defesa, se há algum risco ou não conformidade ocorrida durante o processo, ou seja, fazer uma segunda avaliação em cima da transações feitas pelo gestor da primeira linha. Cabe também a essa segunda linha de defesa analisar sistematicamente a ocorrência desses erros ou não conformidades e validar quão efetivo são os controles da primeira linha”, explicou.

Quanto à terceira linha de defesa, ele diz que consiste na validação dos controles, função desempenhada pelo setor de auditoria. “Quando uma auditoria vai a campo, não se deve olhar transações em si, até pode fazer isso como consequências de outros trabalhos ou evidências de comprovação de que o controle não está adequado. Mas o foco principal é verificar se a segunda linha de defesa está funcionando adequadamente; validar se a primeira linha de defesa tem controles efetivos, além de reforçar com a segunda linha de defesa esses controles nos processos para que os erros não voltem a acontecer”, disse.

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 Virgínia Santos

Assessoria de Comunicação da CGE/PI

 

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