A equipe da Secretaria de Estado das Mulheres teve uma reunião com a coordenadora-geral do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero do Ministério das Mulheres, Roberta Viegas, nesta sexta-feira (14). A intenção foi dialogar sobre os objetivos, estrutura, atuação, pesquisas e funcionamento do Observatório, para alinhar as estratégias do Laboratório Elas Vivas (Elas Vivas Lab) da Sempi.
Viegas ressaltou o ineditismo da estrutura de políticas para mulheres em nível nacional que ocorre em 2023, pois é a primeira vez que um ministério assume essa pauta. Contudo, nem por isso os desafios são menores. Uma das metas do Observatório, por exemplo, é retomar a publicação do Relatório Socioeconômico da Mulher (Raseam), com periodicidade anual, mas cuja última publicação foi em 2020.
O Raseam é estruturado a partir de sete eixos: estrutura demográfica, a partir de dados da Pnac Contínua do IBGE; autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho; educação para a igualdade e cidadania; educação para a igualdade e cidadania; saúde integral da mulher; enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres; mulheres no espaço de poder e decisão; e comunicação, esporte e cultura.
Viegas explicou que as ações do Ministério das Mulheres serão norteadas pelos dados contidos nesse relatório.
A Sempi tem uma estratégia similar. Com a criação do Laboratório Elas Vivas (Elas Vivas Lab), em 2022, a secretaria planeja sintetizar dados sobre a violência enfrentada pelas mulheres e, assim, construir políticas de forma estratégica no enfrentamento à violência motivada por gênero.
O Elas Vivas Lab tem trabalhado com dados da Secretaria de Segurança Pública para construir as políticas públicas para mulheres no estado do Piauí. Contudo, queremos ampliar esse escopo, abordando temas como saúde, autonomia financeira, o perfil socioeconômico e cultural das mulheres piauienses, dentre outros.
“Também queremos construir um trabalho colaborativo com instituições de pesquisa, como universidades. Dados recentes mostram que três das mulheres vítimas de feminicídio no estado tinham medidas protetivas. É nesse sentido que a Sempi tem articulado ações junto com outros órgãos do governo, como a Secretaria de Saúde, a Sasc e a Seduc para ampliar e fortalecer essa rede de proteção à mulher”, disse a diretora de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Sempi, Ana Cleide Nascimento.
Observatório Brasil da Igualdade de Gênero
O Observatório foi criado em 2009 seguindo as diretrizes do Observatório da Igualdade de Gênero da América Latina e Caribe (OIB) da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e tem como missão “contribuir para a promoção da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres no Brasil, considerando as múltiplas formas de desigualdades e as mulheres em sua diversidade”.
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