O Governo do Estado do Piauí, por intermédio da Secretaria Estadual das Mulheres (Sempi), lançou, nesta terça-feira (1º), a agenda do Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Durante a solenidade houve a formalização do programa Acolhe Piauí, ação do estado em parceria com o Instituto Avon e a Accor. Também foi realizada a formação, sobre o programa, para os integrantes da rede de atendimento à mulher em situação de violência.
Apesar do enfrentamento à violência contra a mulher ser um trabalho contínuo da Sempi, a mobilização e as ações em torno dessa pauta se intensificam durante o Agosto Lilás. Dentre as atividades planejadas para este mês está o projeto Ônibus Lilás, que deve ir a cerca de 20 municípios; bem como a capacitação para 50 profissionais de segurança pública do território da Serra da Capivara, que ocorrerá em São Raimundo Nonato; além de ações em municípios, como Luís Correia e Pedro II.
“Nossa meta é alcançar as mulheres do campo e as mulheres rurais, que são as que têm mais dificuldade no acesso às políticas públicas e aos canais de atendimento. Então, são várias ações integradas com a rede de atendimento, com os órgãos estaduais e com os municípios para o enfrentamento à violência contra a mulher”, destacou a secretária Estadual das Mulheres, Zenaide Lustosa.
O programa Acolhe
O programa Acolhe já está presente em mais de 20 estados brasileiros e tem como objetivo garantir abrigo provisório para mulheres em situação de violência doméstica de médio risco, por até 15 dias, em uma rede de hotéis cadastrada. Essas mulheres podem, inclusive, acessar o serviço acompanhadas dos filhos menores de 18 anos.
De acordo com a coordenadora de Projetos, Pesquisa e Impacto do Instituto Avon, Beatriz Accioly, mais de 5 mil diárias já foram doadas pelo programa. “Nossa parceria é trazer para o Piauí, a partir de um acordo de cooperação técnica, um programa que já executamos nacionalmente. Na prática, é mais uma alternativa de abrigamento às mulheres em situação de violência, que não compete com as que já existem, ou seja, é mais uma opção para que as mulheres sejam acolhidas em uma rede de hotéis, para que sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar e sejam tratadas com todo o carinho e dignidade que uma cidadã brasileira merece ao procurar ajuda para sair de uma relação violenta”, explicou Beatriz.
O acesso a essa medida será por meio da central de acolhimento “Ei, mermã, Não se Cale” – 0800 000 1673 e toda a rede protetiva às mulheres, caso da Defensoria Pública, dos juizados, delegacias, centros de referências e dos centros especializados de Assistência Social (Creas), que podem encaminhar mulheres em situação de violência para a Sempi.
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