Mesa de abertura de seminário debate acesso à saúde de mulheres negras

A Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) realiza, nesta quinta-feira (26), o I Seminário Estadual de Saúde das Mulheres. Com o tema “Outubro Rosa: diversidade e inclusão na prevenção do câncer de mama”, o evento ocorre no auditório do Núcleo Regional do Ministério da Saúde.

A mesa de abertura do evento teve o mesmo tema do evento e contou com a contribuição da assistente social, pesquisadora e professora, Elaine Nascimento; e do médico mastologista, pesquisador e professor, Luiz Ayrton Santos Júnior.

Em sua fala, a professora Elaine ressaltou que, embora mulheres negras tenham menos chances de desenvolver o câncer de mama, elas têm 40% mais chances de morrer quando diagnosticadas. “Isso se deve à dificuldade de acesso aos serviços de saúde que afeta as mulheres negras. Quando diagnosticadas, de modo tardio, o câncer já está avançado e sem possibilidade de tratamento”, disse a pesquisadora, destacando como o racismo estrutural afeta as mulheres não brancas.

O professor Luiz Ayrton destacou que, na contramão do resto do mundo, em que a mortalidade por câncer de mama tem reduzido, no Brasil ela tem aumentado e endossou os dados da professora Elaine sobre a dificuldade de acesso à saúde de alguns grupos populacionais. Além disso, o médico defendeu as políticas públicas para as mulheres que, por algum motivo, precisam fazer reconstituição ou redução mamária. “A mulher que perdeu a mama têm o direito a reconstituição. Da mesma forma, aquelas com as mamas grandes, muitas vezes precisam reduzir não por uma questão estética, mas de saúde”, afirmou.

Tags:

 
 

Leia Também