Unidas contra a violência de gênero: Secretaria das Mulheres convida para o lançamento da campanha Piauí Sem Misoginia

No próximo dia 6 de dezembro, às 10h, o auditório da Secretaria de Cultura do Piauí (SECULT) será palco do lançamento do Piauí Sem Misoginia, que é oriunda de uma campanha nacional e visa sensibilizar a sociedade sobre a gravidade da violência de gênero. A campanha foi inserida na corrida dos 21 Dias de Ativismo, que ocorre desde o início do mês através de ações conjuntas, em uma mobilização contínua para conscientização e combate a violência contra as mulheres. Neste evento, comunidades, empresas e coletivos serão convidados a se engajar ativamente na luta contra a misoginia, assinando o termo de adesão oferecido pela SEMPI para impulsionar ações concretas em prol da igualdade de gênero e onde se comprometem a promover ações dentro de suas organizações.

A iniciativa visa conscientizar sobre a misoginia, raiz das diversas violências contra as mulheres. A secretária de Estado das Mulheres, Zenaide Lustosa, ressalta a essência perene do Piauí Sem Misoginia, destacando-o como uma campanha contínua promovida pela Secretaria das Mulheres do Piauí. Ela traz uma realidade alarmante ao informar que 60% das prefeitas enfrentaram violência política de gênero, evidenciando assim um triste exemplo de misoginia. Zenaida ainda enfatiza a necessidade de uma parceria efetiva entre o Estado e a sociedade, destacando que o combate é um desafio que demanda ação coletiva, engajamento contínuo e a disposição de todos os setores para promover mudanças substanciais na perspectiva de gênero.

A diretora de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Ana Cleide, convoca empresários, movimentos sociais e feministas a unirem-se nesta campanha. Ela ressalta que a violência está enraizada na cultura machista e reconstruir essa cultura demanda a mobilização de toda a sociedade em prol da igualdade de gênero.

A batalha contra a misoginia transcende a questão de gênero; é uma luta pela segurança e dignidade de todas as mulheres. Ao enfrentá-la, a sociedade constrói um caminho para prevenir atos extremos como feminicídios, buscando interromper o ciclo de violência doméstica e sexual que tantas mulheres enfrentam diariamente. Além disso, o combate a misoginia é um passo para fortalecer a presença e a representatividade feminina em espaços de poder.

Essa luta não se trata apenas de criar oportunidades iguais, mas também de garantir que as vozes das mulheres sejam ouvidas, respeitadas e consideradas em todas as esferas da sociedade. A disseminação da violência online é outra face dessa realidade, muitas vezes obscurecida. Lutar contra a misoginia significa também enfrentar e erradicar a violência virtual, que ataca mulheres através de ameaças, assédio e humilhação online, afetando profundamente suas vidas e liberdade.

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