PiauíSemMisoginia: uma campanha da Secretaria das Mulheres comprometida com a igualdade de gênero e o fim da violência

Desde o seu anúncio até o lançamento oficial, a campanha #PiauíSemMisoginia tem sido incisiva na luta contra todas as formas de violência e discriminação direcionadas às mulheres. A campanha nacional foi idealizada pelo Ministério das Mulheres através do Governo Federal, e imediatamente abraçada pela Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (SEMPI), com o propósito de repudiar a misoginia, promover o respeito e impulsionar a igualdade de gênero.

A Campanha “Piauí Sem Misoginia” nasceu de um chamado à ação, anunciado em meio a um contexto de urgência e necessidade de enfrentar a misoginia, violência e discriminação contra as mulheres. Tudo começou com a Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (SEMPI), que convocou diversos órgãos, movimentos sociais, instituições e a sociedade civil para unir esforços e desenvolver ações eficazes contra a cultura de ódio às mulheres. A Secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa, expressou, desde o anúncio da campanha, a necessidade de engajamento coletivo para transformar a realidade das mulheres no Estado.
A partir do anúncio, a campanha ganhou força ao reunir entidades comprometidas com a causa. Foi estabelecida uma rede de colaboração e compromisso com a missão de desenvolver estratégias concretas para enfrentar a misoginia em todos os espaços.

Diversas etapas marcaram a jornada da campanha: desde reuniões de alinhamento entre os envolvidos até a assinatura do termo de compromisso por inúmeras instituições, evidenciando o comprometimento coletivo. O lançamento oficial foi o ápice desse movimento, onde figuras-chave como Zenaide Lustosa, Isabel Fonteles, Ellen Costa e Dra. Verônica Acioly se uniram para destacar a importância da conscientização e do engajamento de todos.

Parcerias Essenciais

Instituições públicas e privadas, organizações sociais e movimentos sociais formalizaram seu apoio à campanha #PiauíSemMisoginia. Essa união teve como objetivo desenvolver ações concretas para combater a misoginia em seus respectivos espaços, promovendo debates, reflexões e mobilizando a sociedade para mudanças de comportamento. Até então, o termo de compromisso foi assinado pelas seguintes entidades:

  • Secretaria de Esporte do Piauí;
  • Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI;
  • Universidade Federal do Piauí – UFPI;
  • G3 Telecom;
  • Ação Social Arquidiocesana de Teresina – ASA;
  • Associação das Prostitutas do Piauí – APROSPI;
  • Fazenda da Paz;
  • Defensoria Pública do Piauí;
  • Guarda Maria da Penha;
  • Procuradoria da Câmara Municipal;
  • Conselho Regional de Serviço Social – CRESS;
  • Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Piauí – FETAG;
  • Secretaria de Mulheres de Curimatá – PI;
  • ONG Moradia e Cidadania;
  • Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal do Piauí – AGECEF;
  • Extand Montagens e Eventos Ltda;
  • Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres – SMPM;
  • Movimento, Vida e Saúde.

Iniciativas e Mobilizações

A campanha também foi marcada por uma série de ações e mobilizações estratégicas. Blitz educativas, panfletagens, ações intensivas e visitas a diferentes setores e secretarias estaduais foram realizadas para disseminar informações, conscientizar e engajar todos os segmentos da sociedade piauiense.

Dados e Mudanças Significativas

O laboratório Elas Vivas Lab tem sido fundamental na análise de dados e implementação de ações preventivas nos territórios mais afetados pela violência contra a mulher. Segundo os números do Elas Vivas Lab, as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) registraram 5.918 denúncias este ano, um aumento de 13,27% em relação ao ano anterior. Esse aumento reflete a crescente confiança das mulheres em buscar orientação e tomar medidas contra a violência.

Desafios e Ações Estratégicas

O cenário trazido pelos dados revela que mulheres negras representam 85,8% das vítimas de feminicídio, onde 38,1% dos agressores são maridos ou namorados, e 9,6% são ex-cônjuges das vítimas. No entanto, em 2023, nenhuma mulher atendida pelo Protocolo “Ei, mermã, não se cale!” faleceu por feminicídio. O acesso a essa rede de proteção tem permitido monitoramento e a quebra do ciclo de violência doméstica, incluindo a capacitação para garantir autonomia econômica.

Iniciativas Transformadoras

Projetos como o “Ônibus Lilás” e o “Elas Empreendem” têm desempenhado papéis decisivos na mudança de cenário. O Ônibus Lilás já atendeu em 33 municípios e 7 territórios, enquanto o projeto “Elas Empreendem” beneficiou 34 municípios desde novembro de 2022, promovendo independência financeira para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Uso de Canais de Atendimento

O protocolo “Ei, mermã, não se cale!”- BOT tem registrado um aumento significativo de atendimentos, com 11.315 mensagens e 1.174 orientações, informações e denúncias realizadas entre março e novembro deste ano. Esse aumento reflete não só uma busca por orientação, mas também maior conscientização e confiança na Rede de Proteção às mulheres em situação de violência doméstica.

Compromisso Contínuo

A campanha #PiauíSemMisoginia surge como uma voz contra a violência, buscando interromper o ciclo desde seus primeiros sinais. A SEMPI busca sensibilizar 50 instituições para aderirem à campanha, promovendo equidade e prevenção à violência doméstica. Empresas que aderirem se comprometem a desenvolver palestras, ampliar cargos de poder para mulheres e criar estruturas de apoio às mães trabalhadoras.

Convite à Sensibilização e Ação Coletiva

A SEMPI continua a sensibilizar organizações, coletivos, associações e empresas, incentivando a identificação precoce da violência e o uso dos canais de atendimento, como o “Ei, mermã, não se cale!” (via WhatsApp: 0800 000 1673), disponível 24 horas.

A campanha #PiauíSemMisoginia reforça seu compromisso contínuo na luta por um Piauí mais justo, seguro e igualitário para todas as mulheres. A conscientização e a ação coletiva são a chave para construir um futuro livre de violência de gênero.

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