Desde 2016, o Ministério da Saúde oficializou janeiro como o mês de conscientização sobre a hanseníase, associando a cor roxa a campanhas educativas em todo o país. Este evento desempenha um papel fundamental ao oferecer informações à população sobre a doença e intensificar a busca ativa por pacientes, proporcionando tratamento oportuno para interromper a cadeia de transmissão. Apesar dos esforços direcionados para combater a hanseníase, ela ainda persiste como um problema endêmico de saúde pública no Brasil. Durante a campanha, uma série de atividades de conscientização serão promovidas para disseminar informações sobre a doença.
A doença apresenta sintomas que, muitas vezes, passam despercebidos, com o surgimento inicial de manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele ou em qualquer parte do corpo, acompanhadas pela diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, dor e tato. Com a progressão da doença, surgem sensações de picadas, dormência ou formigamento nas áreas afetadas, além de fraqueza nos braços, mãos, pernas e pés. A hanseníase pode manifestar-se também na forma neural, com sintomas semelhantes a crises reumáticas.
Embora possa afetar homens e mulheres em qualquer idade, a doença é mais grave quando ocorre em pessoas com menos de 15 anos. Casos em crianças podem indicar transmissão ativa da doença, especialmente entre familiares, exigindo uma investigação aprofundada pelos profissionais de saúde. A prevenção da hanseníase reside na detecção precoce dos casos, uma vez que não há vacina disponível para prevenir a doença. A identificação e tratamento rápidos são essenciais para evitar a transmissão, bem como a avaliação de todos os contatos, especialmente os domiciliares. A transmissão cessa no início do tratamento.
Na gestação, as mulheres apresentam uma imunidade mais baixa, tornando-as mais suscetíveis aos sintomas da hanseníase. Isso pode acarretar problemas na gravidez, como agravamento da doença e riscos para o bebê, incluindo prematuridade e baixo peso, podendo causar sequelas. É recomendado que mulheres em tratamento evitem engravidar até a cura definitiva. Se uma mulher infectada ficar grávida, é essencial buscar atendimento médico para iniciar o tratamento, sem interromper o que já está em curso. Durante a gravidez, o acompanhamento médico especializado deve ser intensificado para gestantes com hanseníase, garantindo um cuidado adequado. O tratamento padrão para a hanseníase não é contraindicado durante a gravidez ou amamentação, pois os medicamentos presentes no leite materno não prejudicam o bebê.
Durante todo o mês de janeiro, a SEMPI estará em parceria com instituições e a sociedade civil para promover a conscientização sobre a hanseníase, visando disseminar informações e fortalecer a busca ativa por pacientes, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento oportuno para interromper a disseminação da doença.
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