No mês da Visibilidade Trans, SEMPI aborda a importunação sexual e demais violências sofridas por mulheres trans

A Secretaria das Mulheres, compreendendo a urgência de conscientizar sobre a visibilidade trans, chama à discussão a importunação sexual enfrentada pelas mulheres trans. A realidade é marcada por uma interseção dolorosa de transfobia e assédio sexual, criando um ambiente hostil e perigoso para essas mulheres. O Brasil, infelizmente, lidera estatísticas alarmantes, sendo o país onde mais se registram assassinatos de pessoas trans, especialmente travestis e mulheres transexuais, muitas delas negras, de baixa renda e inseridas na prostituição. O Dossiê dos Assassinatos e da Violência Contra Pessoas Trans Brasileiras, desenvolvido pela Antra, evidencia essa triste realidade, mapeando centenas de casos de violência letal contra essa comunidade.

Existe uma construção social que associa as mulheres trans à sexualidade e à prostituição, alimentando a noção equivocada de que estão sempre disponíveis para encontros sexuais. Essa percepção distorcida resulta em abordagens invasivas, agressões e violência sexual, onde a falta de consentimento é ignorada. Muitas dessas mulheres estão simplesmente cuidando de suas vidas diárias, sem nenhuma intenção ou disposição para encontros sexuais não solicitados.

A urgência de abordar essa questão vai além do entendimento da violência física; ela integra a desumanização e o desrespeito sistemático a essas mulheres. A necessidade de educar, conscientizar e criar um ambiente seguro para as mulheres trans é fundamental. Isso envolve não apenas punir agressores, mas também desconstruir estereótipos, promover a diversidade e a inclusão e criar políticas eficazes que garantam a segurança e a dignidade dessa comunidade.

Neste mês, a SEMPI destaca a importância de combater a importunação sexual enfrentada pelas mulheres trans através de parcerias com os orgãos institucionais e coletivos de mulheres.

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