SEMPI participa de reunião sobre o projeto “Esperanças e Zabelês”, que visa proporcionar avanços nas políticas para comunidades tradicionais do Piauí

Nesta quinta-feira (15), a Secretaria das Mulheres conduziu reunião em suas dependências, tratando do Grupo de Trabalho (GT) responsável pelo projeto “Esperanças e Zabelês”. Essa iniciativa, voltada para povos tradicionais e de terreiros no Piauí, envolveu parceiros estratégicos, como a Secretaria de Segurança Pública e o Instituto da Regularização Fundiária e do Patrimônio Imobiliário do Estado do Piauí (INTERPI). O encontro, quarto deste ano, visa finalizar a elaboração do projeto para apresentação às secretarias envolvidas e sua execução a partir de março, começando por Piripiri.

A gerente do Centro de Referência Francisca Trindade, Joelfa Farias, destaca que essa reunião se desdobrará em visitas às comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas, visando o desenvolvimento de políticas específicas para as mulheres desses espaços. Representando a SEMPI, além de Joelfa, a coordenadora de Diversidade, Mariana Arouche, detalha que já há um plano, e a equipe está finalizando um cronograma para o início da execução do projeto.

A diretora de Povos e Comunidades Tradicionais do INTERPI, Rosymaura Duarte, ressalta a opressão histórica que existe nessas comunidades, especialmente o machismo enraizado, reconhecendo a necessidade de intervenções específicas. Ela também falou sobre a forma de opressão contra as mulheres nessas comunidades e a importância de uma abordagem conjunta para enfrentar essa realidade. “Existe, inclusive, algumas comunidades que são tradicionalmente hierárquicas com o patriarcalismo, onde eles têm chefes que passam por gerações”. Além disso, “elas estão muito vulneráveis e o atendimento, na maioria dos municípios do Piauí, não chegam às comunidades”, finaliza.

A diretora de Defesa Social da SSP-PI, Brenda Carvalho, explica que a reunião visa definir os detalhes de um projeto elaborado em parceria com INTERPI, SEMPI, forças de segurança estaduais, SASC e outros órgãos estaduais. A ênfase é nas comunidades tradicionais, ainda pouco assistidas pelo Estado, com foco especial na segurança pública, especialmente para as mulheres dessas comunidades.

A coordenadora de Proteção às Mulheres da SSP, Tatiane Seixas, detalha a intenção de realizar uma imersão nas comunidades atendidas pelo INTERPI, compreendendo como lidam com situações de violência. A ideia é projetar uma intervenção pública para mitigar essas situações, órgãos do Estado. “A nossa intenção é ir às comunidades, compreender como eles lidam internamente com essas situações de violência e o que que eles reconhecem como situação de violência”, frisa Tatiane.

A delegada Bruna Fontenele, diretora do Departamento Estadual de Proteção à Mulher, ressaltou a necessidade de descobrir como levar mais informações e atendimentos aos povos tradicionais, alinhando com as forças de segurança e Secretaria de Mulheres como será essa abordagem.

A participação da SEMPI no desenvolvimento do projeto “Esperanças e Zabelês” é essencial para assegurar a elaboração de políticas públicas eficazes voltadas para as mulheres nas comunidades tradicionais do Piauí. Como órgão responsável por promover a igualdade de gênero e combater a violência contra as mulheres, a SEMPI desempenha um papel estratégico na orientação das ações do projeto. A Secretaria das Mulheres busca promover a equidade de gênero e combater qualquer forma de violência contra as mulheres, consolidando uma abordagem integrada e abrangente.

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