Nesta quarta-feira (17), a Secretaria de Estado das Mulheres (SEMPI) realizou a 1ª reunião com órgãos parceiros do executivo para organizar a 3ª edição da Corrida contra o Feminicídio, que acontecerá no dia 25 de maio. Entre os presentes estavam representantes da Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência (SEID), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Secretaria de Justiça (SEJUS), Secretaria da Educação (SEDUC), Defensoria Pública, Gabinete Militar do Palácio de Karnak e Coordenadoria da Juventude (COJUV). Além de práticas esportivas e oferta de serviços, o evento reúne uma ampla participação popular para debater e conscientizar sobre o feminicídio, sua relação com o gênero e as dinâmicas de poder entre homens e mulheres.
“Esse é um momento de transversalidade, que é o que se busca na Secretaria. Todos os que estiveram presentes apresentaram uma proposta de colaboração nessa Corrida, além de contribuírem divulgando o link da inscrição, que brevemente estará no ar”, conta a diretora de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da SEMPI, Ana Cleide Nascimento. Ela ainda destacou que a reunião teve o objetivo de alinhar estratégias com os parceiros e sublinhou a importância da colaboração com mulheres no sistema prisional. Ela também mencionou que outros órgãos parceiros, que não puderam se fazer presentes hoje, já confirmaram compromisso com a Corrida.
“A Corrida contra o Feminicídio, também chamada de Corrida contra a Misoginia, parte de um programa nacional que simboliza a urgência em combater a misoginia e reduzir o feminicídio. É essencial que a sociedade reconheça as violências que as mulheres sofrem simplesmente por serem mulheres”, afirma Tatiane Seixas, coordenadora de Proteção às Mulheres da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ela destaca que misoginia e feminicídio são problemas graves que demandam ação urgente. Segundo ela, é necessário ter mais aliados para combater a violência sistemática, organizada e estrutural que as mulheres enfrentam.
Tatiane também frisou a importância da mobilização realizada pela SEMPI, que envolve diversos setores da sociedade, órgãos governamentais e estruturas públicas para um dia de atividades em conjunto. “A gente não pode, em nenhum momento, dar um passo atrás na tentativa de mudar culturalmente a sociedade sobre o aspecto das violências contra as mulheres”, conta Tatiane.
A assistente social da Defensoria Pública do Estado, Mauricema Holanda, afirmou que a reunião foi fundamental para definir o planejamento da Corrida, com o objetivo de alcançar o mesmo sucesso do ano anterior. Ela destacou a relevância de unir a sociedade na luta contra o feminicídio.
Suzana Marreiros, coordenadora do Serviço Social nas 17 unidades prisionais do Piauí e representante da SEJUS, falou sobre a importância da união entre secretarias para combater o feminicídio. Ela revelou que a SEJUS planeja contribuir com a exposição de trabalhos feitos por internos do sistema prisional no dia da Corrida.
Já a psicóloga da SEDUC, Maria do Carmo, salientou que a Corrida promove conscientização sobre o feminicídio e outros tipos de violência desde as escolas de ensino fundamental e médio, ajudando a educar as novas gerações sobre as diferentes formas de violência a serem combatidas.
As inscrições para a 3ª Corrida contra o Feminicídio serão abertas em 25 de abril no site da Secretaria e do Governo, com um prazo de um mês para as inscrições. A participação é aberta a todas as faixas etárias, mas crianças que desejarem participar devem estar acompanhadas por um responsável.
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