SEMPI realiza debate sobre racismo estrutural e letramento racial através do Programa Pró-Equidade

Nesta quarta-feira (15), a SEMPI está promovendo uma agenda formativa sobre a temática “Racismo Estrutural e Letramento Racial”. A ação acontece como um momento formativo do Programa Pró-Equidade Gênero, Raça e Diversidade, que visa uma mudança na cultura organizacional da instituição disseminado novas concepções na gestão de pessoas para alcançar a igualdade entre homens e mulheres. O evento está sendo realizado no Auditório da Casa da Mulher Brasileira, situado na Av. Roraima, 2563, Bairro Aeroporto. Amanhã, quinta-feira (16), a formação será realizada na Secretaria das Mulheres, localizada na avenida Petrônio Portella 1900. para as servidoras da sempi e participam da formação os órgãos da rede de atendimento à mulher. A condução está sendo realizada pela palestrante Marieli Resende, membra do projeto de extensão da UFPI: Feminismos afrodiaspórico debatendo o entrecruzamento de gênero e relações étnicos-raciais – Afrofem e Grupo de Estudo e Pesquisa em Antropologia, Diversidade, Interculturalidade e Educação – GPADIE e gradruanda em Ciências Sociais – UFPI.

“Estou abordando o processo do racismo estrutural em nossa sociedade e no ambiente público, especialmente quando pessoas negras conseguem acessar esses espaços. É importante discutir os sentimentos envolvidos, como a solidão de ser a única pessoa negra em determinado ambiente, ou a satisfação por contribuir nesse espaço. No entanto, ao ocupá-lo, muitas vezes experimentamos solidão devido a constante pressão para evitar erros. A representatividade negra em espaços de poder ainda é rara, e muitas vezes as cotas são o único meio de acesso”, explica Marieli. Ela conta que, durante a formação, está dialogando com os servidores para que compreendam a complexidade do racismo estrutural e reconheçam seus reflexos nos processos cotidianos.

A coordenadora de Diversidade, Igualdade Racial e Inclusão, Mariana Arouche, destaca a importância do primeiro momento formativo, parte da proposta do programa direcionado aos órgãos estaduais que aderiram e àqueles que ainda não o fizeram. “Estamos abordando a temática da raça por meio do letramento racial. Nossa palestrante trouxe uma análise profunda sobre o assunto, destacando como esse comportamento se manifesta na sociedade e a estrutura que ainda persiste, uma estrutura que precisa ser combatida diante do racismo ainda presente em nossa sociedade”, explica Mariana.

A coordenadora Estadual da Casa da Mulher Brasileira de Teresina, Andrea Bastos, ressalta a relevância da formação ao destacar sua proposta de disseminar a compreensão das diferenças nas relações de trabalho. “É fundamental para a Casa da Mulher Brasileira receber essa formação como parte de nossa gestão compartilhada”, enfati
za Andrea.

O Programa Pró-Equidade visa introduzir novos paradigmas na gestão de pessoas e na cultura organizacional, combatendo as práticas discriminatórias e a desigualdade de gênero, raça e diversidade presentes no ambiente de trabalho. Além disso, busca promover a equidade nessas áreas, especialmente no que diz respeito às relações formais de trabalho e à ocupação de cargos de liderança.

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