SEMPI E SESAPI realizam webinário sobre violência obstétrica

Neste 16 de maio, quinta-feira, a SEMPI e a SESAPI, por meio das coordenações de saúde da mulher, promoveram o Webinário “Violência Obstétrica: Vamos falar sobre isso?”. O evento, realizado em referência à semana de combate à violência obstétrica, teve como objetivo refletir e disseminar informações sobre o enfrentamento desse tipo de violência. O webinário foi conduzido pela Dra. Maria das Dores Nunes, que abordou práticas de saúde voltadas para mulheres, crianças e adolescentes.

“A violência obstétrica, assim como outras violências em relação às mulheres, tem que ser denunciada”, orienta a Secretária de Estado das Mulheres, Zenaide Lustosa. Zenaide ressalta a importância dos canais de denúncia disponíveis, tanto na Secretaria da Saúde quanto na Central de Atendimento à Mulher – 180 e no Conselho Regional de Medicina. Ela enfatiza que é necessário não silenciar diante da violência obstétrica, pois isso pode causar impactos psicológicos e físicos. Ao não denunciar, a mulher impede que outras também o façam, perpetuando o ciclo de violência. Zenaide pontua que “a violência obstétrica é frequentemente silenciada dentro do ambiente em que ocorre”, e que é essencial ter consciência dos direitos das mulheres, incluindo o direito a uma acompanhante durante o parto, conforme previsto na legislação.

A Coordenadora da Saúde da Mulher da SEMPI, Gislândia Moura, destacou que, durante o evento, foram abordadas práticas que configuram violência obstétrica, visando a identificação, o reconhecimento e a conscientização sobre esse tipo de violência nos serviços de saúde. “Como parte das ações, está prevista a produção de uma cartilha de prevenção contra a violência pela SEMPI. A cartilha abordará detalhes sobre o que constitui a violência obstétrica e como as mulheres podem reconhecê-la, denunciá-la e buscar apoio”, explica. Além disso, segundo ela, será desenvolvida uma ficha de notificação específica para registrar casos de violência obstétrica, permitindo a coleta de dados relevantes para enfrentar esse problema.

A violência obstétrica é uma forma de agressão contra mulheres durante a gestação ou o parto, envolvendo desrespeito, abusos e maus-tratos, tanto físicos quanto psicológicos, por parte dos profissionais de saúde. Isso afeta a autonomia e capacidade das mulheres de decidir sobre seus corpos e sexualidade, prejudicando sua qualidade de vida. Além disso, contribui para altas taxas de mortalidade materna e neonatal. Toda mulher tem o direito de ser protagonista do próprio parto, com suas vontades e necessidades respeitadas.

Práticas condenáveis incluem maus-tratos, proibição de acompanhantes, realização de procedimentos desnecessários como episiotomia e cesariana, e outras condutas que desrespeitam a integridade física e emocional das mulheres durante o parto.

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