Nesta quinta-feira (20), a Secretaria das Mulheres recebeu o projeto ‘Café com Fé’, realizado pela Secretaria de Assistência Social, por meio da Superintendência de Igualdade Racial. Com o tema “A força e a sabedoria ancestral da mulher e sua religião”, as servidoras compartilharam experiências de suas religiões e refletiram sobre a representatividade da mulher na religiosidade.
O projeto atua há três anos e, por meio de visitas a órgãos diversos, promove encontros entre homens e mulheres de várias religiões. O objetivo é criar um espaço de diálogo e reflexão sobre as experiências vividas tanto dentro quanto fora do contexto religioso. Essa iniciativa busca fomentar o diálogo dentro dos espaços e a compreensão mútua.
Em sua fala, Yalorixá Joelfa de Xangô, também gerente do Centro de Referência Francisca Trindade, compartilhou a importância das discussões apresentadas no momento. “Foi importante para também discutirmos sobre como nós nos sentimos enquanto mulheres religiosas dentro do nosso espaço de trabalho. Um momento muito marcado por emoções, por falas importantes”. Ela ainda destacou que a roda de conversa abriu espaço para discutir sobre as políticas públicas que devem ser construídas e levadas às mulheres de religião, não só de matrizes africanas, mas as cristãs, as pentecostais e as demais atuantes.
A superintendente de Igualdade Racial da (Suirpo/Sasc), Assunção Aguiar, exemplificou o intuito do projeto e como as ações são importantes para os participantes. “Nós buscamos juntar várias religiões num espaço só, para que a gente possa falar da nossa experiência. Como vivenciamos o nosso ser católico, o nosso ser evangélico, o nosso ser da Umbanda, do candomblé. A fé sempre nos moveu em algum momento da nossa história, e nos colocamos à disposição das pessoas para essa partilha”, disse.
A coordenadora da garantia dos direitos e dos cuidados e saúde da mulher da Sempi, Tayanne Cavalcante, reflete a importância da ação “Eu acho muito importante discutirmos essa questão do racismo religioso, para de fato enfrentarmos, pois são as mulheres que muitas vezes desenvolvem trabalhos invisíveis dentro e fora da religião e precisamos mudar essa realidade para existir igualdade de gênero na sociedade”.