Central de Acolhimento e Centro de Referência reúnem-se para formação quinzenal

Nesta terça-feira (25), o Centro de Referência para a Mulher em situação de Violência Francisca Trindade e a Central de Acolhimento do protocolo ‘Ei, mermã, não se cale’, estiveram reunidas em formação na sede da Secretaria das Mulheres. O encontro de capacitação e estudo de caso acontece quinzenalmente, e oportuniza debates e construção de estratégias para a melhoria no acolhimento de mulheres que desejam quebrar o ciclo de violência. 

O encontro foi baseado na discussão sobre a saúde mental das mulheres em situação de violência, o que gerou um diálogo sobre os impactos da violência, as estratégias de acolhimento e intervenção e as necessidades que exigem atenção. As participantes compartilharam experiências nos cenários de acolhimento e propuseram ações concretas para promover o bem-estar emocional e psicológico dessas mulheres, ressaltando a importância de uma rede de apoio integrada e acessível.

A gerente do Centro de Referência Francisca Trindade, Joelfa Faria, disse que os momentos são para subsidiar informações para a construção de políticas públicas afirmativas para combater a violência contra a mulher. “É a partir desses estudos que visualizamos as demandas que chegam à nossa central, e é através deles que podemos aprimorar e oferecer um atendimento verdadeiramente humanizado às mulheres que buscam apoio por meio da central de acolhimento”.

Para a palestrante do encontro, a coordenadora da Casa Abrigo, Melissa de Carvalho, “a violência doméstica afeta a saúde física e mental das mulheres e suas famílias, também das crianças”. Ainda destacou a importância do constante estudo.  “Então é importante a gente colocar sempre esse tema em questão, em ascensão, para que a gente possa estar aprendendo a lidar com essas questões”, explicou. 

Em sua fala, a psicóloga da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJ-PI, Liliane Sousa, enfatizou que a violência doméstica é uma questão de saúde pública, e que é fundamental trabalhar sobre saúde mental com as mulheres que trabalham diretamente com situações de violação contra mulheres. 

“Esse diálogo aberto sobre o tema fortalece o atendimento humanizado, contribui para o bem-estar das próprias profissionais e garante que as mulheres em situação de violência recebam o cuidado integral que merecem”.

A assistente social da Central de Atendimento do protocolo, Verônica Pereira, destacou que os estudos fortalecem o trabalho da equipe. “Esses momentos são muito importantes porque nos fortalecem enquanto equipe profissional e também dentro da articulação da rede. Hoje foi um momento onde tivemos reunidas com profissionais de outras áreas o que amplia os nossos horizontes como profissional e traz novas perspectivas”.

 
 

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