SEMPI sensibiliza comunidades quilombolas para o Projeto Fios da Ancestralidade em São Raimundo Nonato e São João do Piauí

Neste sábado (14), a Secretaria das Mulheres do Piauí (SEMPI) realiza, nos municípios de São Raimundo Nonato e São João do Piauí, a sensibilização do projeto “Fios da Ancestralidade”, uma iniciativa realizada em parceria com o Instituto Ayabás, com o objetivo de fortalecer o empreendedorismo feminino no Piauí, reconhecendo a cultura negra como um caminho para a autonomia e a transformação social.

Em São Raimundo Nonato, o encontro acontece às 10h, na comunidade quilombola Lagoa da Paraíba. Já em São João do Piauí, as mulheres se reúnem às 14h, na comunidade quilombola Malhada. Nessa etapa, as mulheres são apresentadas aos objetivos do projeto e convidadas a participar, dialogando sobre afroempreendedorismo, identidade cultural e valorização da ancestralidade.

Por meio do projeto, mulheres quilombolas de Teresina e mais 6 municípios do Piauí terão acesso à capacitações em embelezamento, incluindo cursos de Cabeleireira Afro – Terapia Capilar, Trancista, Turbante Afro e Workshop de Maquiagem Afro.

“O objetivo é promover oportunidades de geração de renda para mulheres quilombolas, por meio de capacitações que valorizem e fortaleçam a cultura negra. As formações oferecidas irão possibilitar que essas mulheres desenvolvam seus próprios empreendimentos com técnica e confiança, conquistando autonomia econômica e financeira de forma sustentável e enraizada em suas identidades”, explica a secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa.

“Nós vamos realizar oficinas de trança, turbante, terapia capilar e maquiagem pra pele negra em dez comunidades: são quatro de terreiro e seis quilombolas. O projeto vai envolver cerca de 300 mulheres, sendo 180 nas comunidades do interior e 120 aqui em Teresina. Mas não é só sobre aprender a trançar ou usar um turbante, é sobre contar histórias. A trança, por exemplo, não é só estética. Ela carrega memória, cultura, identidade. É sobre cuidar do nosso cabelo com consciência, com técnica, com orgulho. É sobre saber que esse trabalho tem valor, sim. Que exige tempo, atenção, sabedoria. E que não deve ser desvalorizado”, destaca a professora Halda Regina, do Instituto Ayabás.

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