Secretária das Mulheres Zenaide Lustosa e diretoras participaram da Oficina sobre Orçamento Sensível a Gênero e Raça

Durante a oficina foi apresentado como os Orçamentos Sensíveis a Gênero têm se consolidado globalmente de forma estratégica e eficaz.

A Secretaria das Mulheres participa com a Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (SEPLAN) do Piauí, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), nesta sexta-feira (20) da Oficina sobre Orçamento Sensível a Gênero e Raça. O evento contou com a participação da Secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa, e diretoras, além de servidores públicos estaduais de planejamento. A oficina foi conduzida pela Oficial de Gênero e Etnia do PNUD, Ismália Afonso, e a Consultora de Orçamentos do Senado Federal e doutora em Políticas Públicas e Gestão para o Desenvolvimento, Rita de Cássia Leal.


Durante a oficina, foi discutida a importância de incorporar a perspectiva de gênero na formulação e implementação de políticas públicas, ajustando o orçamento público para atender de forma mais eficaz as necessidades das mulheres, sobretudo, “Esse é um esforço conjunto para ampliar a capacidade dos estados do Nordeste de promover políticas públicas mais inclusivas e que respondam aos desafios da desigualdade de gênero e raça”, afirmou Ismália Afonso.


A oficina abordou práticas e estratégias que estão sendo implementadas globalmente, com o objetivo de aumentar a efetividade na alocação de recursos públicos, especialmente em áreas que impactam diretamente as mulheres e a população negra. Rita de Cássia, que também é cofundadora da iniciativa “Elas no Orçamento”, destacou a relevância do evento para o estado do Piauí. “Trabalhar a agenda de gênero no orçamento nos permite melhorar a formulação das políticas públicas e, consequentemente, apoiar o desenvolvimento econômico e social de forma mais equitativa”, afirmou a consultora.


No Brasil, a discussão sobre orçamento sensível a gênero tem ganhado destaque desde o início dos anos 2000, envolvendo tanto a sociedade civil quanto o parlamento. A perspectiva racial foi incorporada à medida que se reconheceu a necessidade de enfrentar as desigualdades sofridas pela população negra, especialmente as mulheres.


A Superintendente da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (CEPRO), Cíntia Bartz, reforçou que a inclusão da perspectiva de gênero no orçamento público é um tema que o estado vem trabalhando há anos, mas que a oficina trouxe novas ferramentas e abordagens. “A oficina nos possibilita pensar em formas mais inclusivas de planejar o orçamento, garantindo que as políticas públicas sejam mais eficazes no combate às desigualdades”, concluiu.
A expectativa é que essa formação se desdobre em projetos que levem em consideração a pauta de gênero para os próximos anos, visando integrar ainda mais a equidade de gênero e raça no planejamento orçamentário do estado, promovendo uma gestão pública em que a questão de gênero seja relevante.

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