A pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foi baseada na amostra de 108 mil domicílios no Brasil apontando que 29,1 milhões de pessoas com 18 anos ou mais (equivalente a 18,3% da população total) foram vítimas de algum tipo de agressão em 12 meses anteriores à pesquisa. Desta amostra, 27,6 milhões sofreram violência psicológica, 6,6 milhões violência física, e 1,2 milhão, sexual.
A pesquisa revela que as primeiras experiências sexuais das mulheres é antes dos 18 anos e que 0,06% tiveram doenças sexualmente transmissíveis e que as mulheres sofrem mais assédios em casa e no trabalho
A permanência de violências maiores é com as pessoas pretas (20,6%). Pardas (19,3%) e as pessoas brancas 16,6%. Com isso, 3,5 milhões de pessoas (ou 12,0% das vítimas) deixaram de realizar de continuar de fazer as funções do cotidiano por conta violência sofrida: as mulheres (15,4%) e os homens (7,6%).
De acordo com a pesquisa 2,3 milhões de vítima procuraram atendimento de saúde e as principais consequências foram físicas, (hematomas, corte, fraturas, queimaduras ou outras lesões físicas ou ferimentos); psicológicas (medo, tristeza, desânimo, dificuldades para dormir, ansiedade, depressão ou outras consequências psicológicas); e sexuais (doença sexualmente transmissível ou gravidez indesejada). Isso significa que 15,6% das vítimas que afirmaram terem mudado a rotina buscou apoio e que as pessoas pretas são as que menos tiveram acesso a saúde 14,8% das pardas, 13,4% das pretas e 17,5% das pessoas brancas A violência psicológica atingiu (18,6%) as mulheres e (18,6%) para homens. A prevalência das pessoas pretas (19,3%) e pardas (18,3%) superou a das brancas (15,9%) .
Segundo a Coordenadora de Enfretamento à violência da CEPM, Mariana Carvalho, “É importante frisar que as mulheres compõem 28,8% dos desocupados/desempregados formais em 2019 que leva a condicionar a vulnerabilidade destas mulheres à violência sofrida, principalmente, as mulheres negras ou pardas que são as mais atingidas por violências, visto que estas tem maiores dificuldades de acesso aos serviços públicos ou mesmo de conhecimento sobre qual deles é o mais adequado para receber atendimento , afirma.
Para mais informações sobre Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) acesse: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101748.pdf