Secretaria das Mulheres destaca projetos de enfrentamento à violência doméstica e familiar no Pactos pelo Piauí

A Secretaria das Mulheres participou, nesta quarta-feira (26), do evento Pactos pelo Piauí, ao compor o painel Acesso a políticas públicas para Mulheres. No espaço, a secretária de Estado das Mulheres, Zenaide Lustosa, apresentou ações e projetos promovidos pela secretaria que atuam no enfrentamento à violência doméstica e familiar no estado.

Ao longo de sua apresentação, a gestora destacou a importância da presença e atuação dos organismos de políticas para as mulheres nos municípios, e como o trabalho contribui com a diminuição do feminicídio nas localidades. “Através do Observatório da Mulher Piauiense, analisamos que onde há investimento das políticas para as mulheres nos municípios, o índice de violência contra a mulher cai. E dificilmente acontecem os feminicídios”, pontuou. 

Na oportunidade, a secretária exibiu e pontuou a atuação dos principais projetos e campanhas educativas realizadas pela Sempi como os serviços dos Ônibus Lilás, protocolo ‘Ei, mermã, não se cale’, Teia de Direitos e corrida pelo Feminicídio Zero.

Ao tratar sobre a necessidade de fortalecer as ações de desconstrução do machismo, a secretária apresentou o projeto Maria da Penha vai às Escolas, que trabalha a educação como ponto principal no enfrentamento à violência de gênero. “Nós não vamos conseguir desconstruir o machismo se não investirmos na educação. Com os novos gestores municipais, estamos conseguindo ampliar as secretarias em todo o estado, e a primeira reunião que realizamos com essas gestões orientamos o desenvolvimento de campanhas referentes a Maria da Penha nas Escolas”.

A apresentação também destacou o avanço do Piauí no fortalecimento de ações na inclusão de mulheres em situação de violência no mercado de trabalho. O trabalho positivo foi enfatizado pela Secretária de Gestão e Inovação, do Ministério da Gestão, Kathyana Buonafina, ao lembrar que o Piauí é um dos estados que aderiu ao Acordo do Decreto nº 11.430/2023, na qual estabelece que, no mínimo, 8% das vagas em contratações públicas devem ser reservadas para mulheres em situação de violência.

Em sua fala, a titular da 1ª Defensoria da Mulher, da Defensoria Pública do Piauí, Lia Medeiros, falou sobre a função da Defensoria no atendimento e na busca dos direitos das mulheres. “Muitas vezes, as mulheres em situação de vulnerabilidade precisam de apoio em diversas frentes, como serviços sociais, psicológicos e comunitários. A Defensoria Pública tem um papel crucial neste contexto, pois deve atuar não só na defesa jurídica, mas também na promoção dos direitos humanos e no fortalecimento das redes de apoio”.

Ainda sobre a educação como ferramenta de enfrentamento a violência, a delegada da Delegacia Especializada em Feminicídios de Teresina do DHPP, Nathalia Sampaio, declarou.  “A formação das nossas crianças é um fator na questão da violência doméstica e familiar. Quando as crianças crescem em ambientes onde a violência é comum, isso pode moldar suas percepções sobre relacionamentos.”

O painel foi inteiramente composto por mulheres que trabalham pelo enfrentamento à violência de gênero no estado e no Brasil. 

 
 

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