Sempi realiza capacitação para equipe do Centro de Referência Francisca Trindade

A Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (Sempi) realizou, nesta sexta-feira (30), um debate sobre “O papel do Núcleo da Mulher da Defensoria Pública (Nudem) no Atendimento à Mulher em Situação de Violência” no auditório da instituição. A atividade foi conduzida pela defensora pública, Lia Medeiros, e teve como público-alvo a equipe psicossocial da Central de Atendimento das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs).

A capacitação faz parte de uma série de formações promovidas pela Sempi, voltadas aos profissionais que atuam na rede de atendimento às mulheres vítimas de violência. A assistente social, Jéssica Castro, que atua no Centro de Referência para Mulheres Vítimas de Violência “Francisca Trindade”, explicou que já foi feita a capacitação relativa ao protocolo “Ei, mermã, não se cale” e que ainda haverá formação sobre as DEAMs, com o Ministério Público e com o Tribunal da Justiça. “O objetivo desses encontros é apresentar a rede de atendimentos. A intenção é que fique bem claro para a equipe quais os serviços que existem disponíveis dentro da rede para acolher a mulher vítima de violência”, disse Jéssica.

A assistente social explica ainda que o maior desafio é o trabalho na própria rede. “Mais importante do que existir uma rede é que tenhamos esse conhecimento dos serviços que existem, para assim não deixar a mulher desassistida e para que, de fato, possamos trabalhar no sentido da garantia dos direitos que essa mulher tem. Porque esse atendimento não trata apenas da questão da própria violência, mas de todas as consequências impostas à mulher”, detalhou Jéssica.

A defensora Lia Medeiros corroborou sobre as dificuldades ao afirmar que são muitos os obstáculos na realização do trabalho do Núcleo da Mulher da Defensoria no contexto da Lei Maria da Penha.  “Mas se é difícil para nós, que atuamos na rede, para a mulher vivendo uma relação abusiva, é mais difícil ainda. Muitas vezes, ela desiste de ir adiante em uma denúncia por medo”, ressaltou a defensora.

 
 

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