SEMPI analisa dados da UNFPA sobre violência doméstica e saúde reprodutiva

Jackeline Romio, doutora e mestre em Demografia pela UNICAMP, levou informações importantes durante sua participação no Primeiro Fórum de Enfrentamento à Violência Doméstica do Instituto Maria da Penha, realizado em Fortaleza nos dias 20 e 21 de novembro. Com vasta expertise como especialista em programa de população e desenvolvimento no Fundo de População das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (UNFPA), Romio expôs dados preocupantes sobre violência doméstica, bem como informações dos trabalhos em andamento do UNFPA Brasil, destacando futuras colaborações para enfrentar desafios relacionados à violência contra a mulher e questões de saúde reprodutiva no Brasil e na região latino-caribenha.

Em relação aos dados sobre a situação das mulheres no Brasil, há números expressivos também no Piauí. Entre 2010 e 2021, 618 mulheres perderam suas vidas vítimas de agressões. Um dado preocupante é o número de gravidez na adolescência no Piauí, chegando a 7.909 casos em 2021, abrangendo diferentes faixas etárias, desde menores de 10 anos até jovens de 15 a 19 anos. Essa realidade aponta para desafios significativos no acesso à saúde sexual e reprodutiva, ressaltando a necessidade de mais políticas de prevenção e assistência. Apesar do compromisso do Plano Estratégico UNFPA Global 2022-2025, que almeja zerar as mortes maternas e a violência contra a mulher, ainda há um longo caminho a percorrer.

É fundamental destacar que a questão racial também é uma dimensão crítica nesse cenário, com diferenças na mortalidade por agressão física ao longo dos anos. Esses dados reforçam a importância de políticas que enfrentem a violência doméstica de maneira mais abrangente e que considerem a diversidade e as desigualdades presentes na sociedade brasileira.

O compromisso da SEMPI é o de articular ações integradas com a sociedade civil e órgãos estaduais e municipais, garantindo a busca pelo fortalecimento das políticas públicas que garantam a saúde, segurança e autonomia das mulheres.

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