Secretaria das Mulheres reflete sobre misoginia enfrentada por mulheres indígenas

As mulheres indígenas, enfrentam preconceito, racismo, extermínio, invisibilidade e violência. É urgente reconhecer a importância de suas lutas, que vão além da defesa territorial, alcançando a preservação da ancestralidade e o direito a um futuro para suas comunidades.

Elas lutam não apenas pela terra, mas principalmente pelo direito de existir dentro de suas comunidades, desfrutando de suas tradições, culturas, línguas e medicinas tradicionais. As vozes das mulheres indígenas buscam por um futuro onde a caça, o rio e a vida comunitária sejam preservados e sejam protagonista nos seus territórios ocupando os espaços de liderança e poder .O protagonismo dessas mulheres precisa ecoar não apenas nas aldeias, mas também nas esferas de poder, especialmente na política. A defesa do território é central, sendo a ancestralidade o cerne dessa resistência.

Vidas indígenas importam

O recente assassinato de Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, na Bahia, é um trágico reflexo da violência que essas comunidades enfrentam. O ataque, perpetrado por fazendeiros, ocorreu durante a retomada da Fazenda Inhuma, área reivindicada pelos Pataxó Hã Hã Hãe como de ocupação tradicional.

Maria de Fátima Muniz, líder espiritual e professora, deixou um legado importante junto à juventude e às mulheres indígenas. Ela era parte de redes de saberes tradicionais em universidades brasileiras e doutora em Educação pela UFMG. Seu irmão, o cacique Nailton Muniz, também ficou ferido no ataque. Nega Pataxó foi assassinada, e outras pessoas ficaram feridas. Esse ato criminoso, sem respaldo legal para reintegração de posse, exige justiça e uma reflexão profunda sobre as práticas que perpetuam a violência contra os povos originários.

Um chamado à ação e à valorização

As mulheres indígenas continuam sua luta incansável. É dever desta nação transformar práticas e valorizar as contribuições vitais dessas comunidades. A SEMPI busca enfrentar a misoginia e promover uma sociedade sem preconceitos e deseja que as vozes e lutas das mulheres indígenas ecoem, sendo reconhecidas e respeitadas em todas as esferas da sociedade. Como parte do cronograma do Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização da saúde mental, a equipe da Secretaria das Mulheres realizou uma roda de conversa com a Comunidade Indígena Aldeia Ukair, em Teresina, proporcionando um espaço acolhedor para discutir questões essenciais relacionadas à saúde mental, a fim da conscientização e do fortalecimento comunitário.

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