Secretaria Estadual das Mulheres recebe evento de enfrentamento ao racismo institucional promovido pela SASC

Nesta quarta-feira, 10 de março, a Secretaria Estadual das Mulheres recebeu um evento voltado para o enfrentamento ao racismo institucional, promovido pela Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (SASC). Essa iniciativa, alinhada com a meta 7 estabelecida pelo governo do Estado, tem como objetivo combater o racismo em suas diversas manifestações, incluindo o racismo estrutural, religioso e institucional.

O evento contou com a presença de autoridades e especialistas no assunto, como a gerente do Centro de Referência Francisca Trindade da SEMPI, Joelfa Farias, a superintendente de Igualdade Racial e Povos Originários da SASC, Assunção Aguiar, o diretor de Igualdade Social, professor Bispo, o coordenador para o Enfrentamento ao Racismo Institucional e Estrutural da Superintendência da Igualdade Racial e Povos Originários da SASC, Raimundo Santos, e a gerente de Povos de Terreiro da SASC, Mãe Lúcia de Oxóssi.

Durante o evento, Mãe Lúcia de Oxóssi explicou a dinâmica do projeto, que envolve palestras ministradas dentro da Secretaria, seguidas pela disseminação do conhecimento pelos funcionários participantes, e posteriormente, a multiplicação desse conhecimento em suas respectivas áreas de atuação. “É um projeto muito enriquecedor para nós que estamos desenvolvendo porque é uma confiança que foi depositada pelo governador dentro dessa meta, e como a gente trabalha com igualdade racial, a gente busca englobar todo esse povo para trazer melhorias no atendimento para eles e para que eles possam compreender que há espaços para todos, através do combate ao racismo estrutural, institucional e religioso dentro das secretarias”, explicou Mãe Lúcia de Oxóssi.

Assunção Aguiar, por sua vez, abordou o tema do racismo recreativo e religioso, ressaltando a importância de conscientizar sobre as ofensas veladas que muitas mulheres de Axé enfrentam, como sendo rotuladas pejorativamente de “macumbeirinhas”. “É importante priorizar essa escuta para que possamos, a partir do nosso diálogo, melhorar a nossa convivência, não só com quem está na nossa roda, mas também na nossa família”, pontuou a superintendente.

O coordenador Raimundo Santos destacou a dificuldade dos gestores em abordar o tema do racismo institucional, enquanto o Professor Bispo enfatizou como o racismo estrutural se desdobra em outras formas de discriminação.

A gerente do Centro de Referência Francisca Trindade da SEMPI, Joelfa Farias, compartilhou sua experiência pessoal de ter enfrentado o racismo institucional e religioso, destacando a importância da inclusão e da conscientização para a superação dessas barreiras. “A gente balanceia, mas a gente não cai, porque de nós foi tirado o direito de estarmos em lugares de poder. Como Ialorixá, mulher preta e sapatão que sou, eu estou no meu lugar de fala dizendo que por muito tempo calaram a nossa voz”, declarou Joelfa.

O evento evidencia a importância do diálogo e da conscientização no combate ao racismo em todas as suas manifestações, reforçando o compromisso da SEMPI e de suas parceiras em promover a igualdade e a justiça social.

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