Nesta segunda-feira (13), a Secretaria Estadual das Mulheres (SEMPI) recebeu a Coordenação Piauiense do Movimento de Mulheres Olga Benário para discutir o trabalho realizado pelo movimento em nível nacional e estadual, além de abordar a conjuntura dos movimentos de mulheres no Piauí e suas lutas. Durante a reunião, as representantes apresentaram o jornal impresso “Verdade”, produzido por elas como parte do Movimento, promovendo debates e discussões, com foco na luta pelo socialismo e na defesa dos direitos dos trabalhadores.
A Diretora de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Ana Cleide Nascimento, explicou que o Movimento trabalha com ocupações de abrigo, proporcionando acolhimento às mulheres vítimas de violência. Essas ocupações funcionam como casas de abrigo, onde as mulheres encontram suporte. “A visita teve como objetivo solicitar apoio para participação em congressos fora do estado e também assistência psicossocial da SEMPI para as mulheres atendidas pelo movimento. Foi estabelecido um fluxo para encaminhamento das mulheres atendidas pelo movimento para o Centro de Referência da SEMPI, garantindo atendimento psicossocial e encaminhamento adequado para a rede de apoio em Teresina”, conta a diretora.
Uma das integrantes do Movimento, Vitória Oliveira, destacou que durante o encontro discutiram o trabalho desenvolvido pelo movimento e suas principais formas de luta. Entre elas, destacaram a luta pelo direito à creche para as mães e pela ampliação do número de creches na cidade, visando garantir a autonomia das mulheres para estudar e trabalhar. “Abordaram o papel das mais de 25 casas de referência do movimento em todo o Brasil, ressaltando que estas não se limitam apenas ao acolhimento, mas têm uma abrangência maior”, explica. Ela também enfatizou a discussão produtiva sobre as bandeiras de luta dos movimentos de mulheres.
O Movimento de Mulheres Olga Benário, inspirado na ativista alemã de mesmo nome, surgiu como uma resposta à necessidade de organização das mulheres brasileiras na luta contra a opressão e exploração na sociedade capitalista. Além disso, o movimento também atua por meio de ocupações e manifestações diretas em espaços públicos, buscando chamar a atenção para suas demandas e reivindicações. Inicialmente formado durante a 1ª Conferência Mundial de Mulheres de Base, em 2011, o movimento concentra-se em questões como violência, injustiça e sub-representação feminina na política. Sua atuação envolve mobilização política, manifestações e debates, visando uma transformação sistêmica rumo à construção do socialismo. Com um crescimento constante de filiadas, o movimento busca ampliar sua presença e engajamento, dando voz e espaço para as mulheres se unirem em prol de seus direitos e emancipação.
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