O governo do Piauí, através da Secretaria de Estado das Mulheres (SEMI), Secretaria de Segurança e rede de proteção às mulheres, realiza ações do Dia D de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar em alusão ao marco dos 18 anos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que garante a proteção das mulheres vítimas de violência doméstica.
Nesta quarta-feira (07), na avenida Frei Serafim, equipes psicossociais e a Patrulha Maria da Penha dialogaram com a sociedade sobre a Lei Maria da Penha, canais de denúncia e esclareceram dúvidas sobre o funcionamento da rede de proteção na capital. A moradora Maria Alice destacou a importância de falar sobre violência doméstica para se sentir acolhida: “Eu vi muito minha mãe apanhar e não entendia que isso era violência até porque também passei por relacionamentos conturbados. Com a chegada desta lei, parece que começamos a ser escutadas, porque hoje vemos homens sendo presos, o que antes não acontecia. E hoje vemos na rua cenas como estas, mulheres falando de violência e ajudando outras. Eu fico emocionada.”
A coordenadora do Centro de Referência Francisca Trindade, Joelfa Farias, pontua que a blitz é um momento de mostrar à população a importância de todas e todos enfrentarem a violência doméstica e familiar. “Quando a mulher se sente segura, ela cria coragem para denunciar. Portanto, incentivamos as mulheres a denunciar, pois previne o feminicídio e começa a ter uma rede de apoio que contribui para o rompimento da violência. Esse é um trabalho feito com os órgãos da rede de proteção e quando vemos a sociedade receptiva ao dialogo sobre a temática acreditamos que é possível o feminicídio zero”
A major Leoneide Rocha, comandante da Patrulha Maria da Penha no Piauí, afirma: “Intensificamos a fiscalização das medidas protetivas de urgência, dando orientações às mulheres para que possam sair do ciclo de violência e incentivando-as a permanecer na rede de proteção até que a violência cesse. Nosso trabalho é baseado na Lei Maria da Penha e, por isso, achamos esses momentos de blitz importantes para que a sociedade compreenda nosso papel e juntos possamos ajudar as mulheres a não serem vítimas de feminicídio e a saírem do ciclo de violência.”
Durante as ações, foram divulgados canais de ajuda como o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher), o Disque 190 (Polícia Militar) e o serviço “Ei, mermã, não se cale!”, que oferece atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana, via WhatsApp ou ligação pelo número 0800 000 1673.
Além da blitz na avenida Frei Serafim, outras ações ocorrerão no Mercado Central e no Shopping da Cidade no dia 14 de agosto, e na zona sudeste no dia 21 de agosto. A presença da Patrulha Maria da Penha será essencial para garantir a segurança e o apoio necessário às mulheres, reforçando a importância da lei e das medidas protetivas em vigor.
Ainda em alusão, ao 18 anos da Lei Maria da Penha aconteceu a Operação “Shamar”, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, iniciou no dia 1º e vai até o dia 29 de agosto. A operação visa apurar denúncias de violência doméstica, executar mandados de prisão, concluir inquéritos atrasados e intensificar a fiscalização das medidas protetivas pela Patrulha Maria da Penha, além de promover ações educativas como palestras e panfletagens.
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