A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) realizou, nesta segunda-feira (27), uma capacitação voltada para o fortalecimento da vigilância do Aedes aegypti e Aedes albopictus por meio do programa Ovitrampas. O encontro aconteceu na Escola Fazendária, localizada no Centro Administrativo, e vai até esta terça-feira (28).
Participaram da capacitação representantes de municípios e regionais de saúde de Parnaíba, Bom Jesus, Picos, São Raimundo Nonato, Oeiras, Valença, Piripiri, Campo Maior e Pedro II.
O objetivo do treinamento é implementar o uso de Ovitrampas como estratégia de aprimoramento das ações de vigilância. O evento contou com a presença de Ricardo Passos, consultor técnico da Coordenação Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde.
José Bento Lima, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz, destacou a relevância da adoção de novas tecnologias no combate à dengue, chikungunya e zika, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
“Temos dificuldades na vigilância do Aedes no Brasil. Muitas vezes, os profissionais que atuam no controle dessas doenças não conseguem identificar precisamente as áreas com recorrência de casos de dengue. As Ovitrampas vêm para auxiliar nesse monitoramento, permitindo identificar as regiões problemáticas e agir de forma antecipada, antes que a população seja afetada”, afirmou José Bento Lima.
A superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios, Leila Santos, reforçou a importância da parceria entre os órgãos de saúde e a população no combate à dengue no Piauí.
“Os municípios e regionais de saúde que participam desta capacitação aprenderão como prevenir a disseminação da dengue em suas regiões. Assim, conseguiremos reduzir o número de casos confirmados no Piauí. As Ovitrampas são uma ferramenta essencial para identificar focos do mosquito e implementar estratégias mais eficazes de combate à doença, que já atinge 5.385 municípios brasileiros”, afirmou a superintendente.
Monitoramento entomológico por Ovitrampas
As Ovitrampas, também conhecidas como armadilhas de oviposição, são pequenos recipientes de plástico utilizados para que as fêmeas do Aedes depositem seus ovos. Após poucos dias de instalação, o agente de endemias substitui as palhetas das armadilhas e remove os ovos, evitando o nascimento de larvas. Além de indicarem a presença de Aedes aegypti e Aedes albopictus, as Ovitrampas permitem monitorar a densidade de ovos por área e contribuem para a remoção do vetor do ambiente natural.
Tags: Dengue, Ovitrampas, Sesapi