Em alusão ao mês do Orgulho LGBTQIAPN+, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o Movimento Social Mães da Resistência, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos do Piauí (Sasc) e a Coordenação do Centro de Referência Raimundo Pereira, promovem a ação “Entre nós, orgulho e afetos”, que reuniu familiares de pessoas LGBTQIAPN+ para troca de experiência e compartilhamento de afeto.
O aposentado Gilmar Félix, pai de Brenda Félix, coordenadora do Centro de Referência da População LGBTQIA+, relata que a sexualidade da filha nunca foi um problema. Pelo contrário, desde que ela revelou sua identidade, por volta dos 13 anos, sempre recebeu apoio da família.
“Foi natural. Ela chegou para mim e para a mãe dela e perguntou o que achávamos. Eu respondi que daria todo o apoio para que ela fosse o que quisesse, o que fosse melhor para ela. Se te faz feliz, conte comigo, desde que ninguém falte com respeito. Amo minha filha, não só nesta vida, mas em outras também. E, se eu puder tê-la novamente como filha em outra vida, será uma honra para mim”, ressalta Gilmar.
O coordenador de Equidade em Saúde da Sesapi, Felipe Silva, destaca a importância de ações voltadas à população LGBTQIAPN+, assim como a seus familiares e responsáveis, para a promoção da saúde mental.
“A ação tem como objetivo conscientizar e dialogar com pais, mães ou responsáveis de pessoas LGBTQIAPN+, como parte das atividades alusivas ao Mês do Orgulho. Isso integra a política de promoção da saúde, especialmente no eixo que trata da cultura de paz para populações vulnerabilizadas. É um grande ganho para a comunidade LGBTQIAPN+ dialogar com seus familiares. O adoecimento mental e muitas consequências para a saúde estão, muitas vezes, ligados à ausência de diálogo, de carinho e ao desconhecimento das iniquidades que esse grupo historicamente enfrenta”, finaliza Felipe.