A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) realizou, nesta quarta-feira (9), um webinário voltado à qualificação dos profissionais da Atenção Primária sobre o cuidado aos pacientes com fissura labiopalatina. A atividade foi ministrada pela cirurgiã bucomaxilofacial Lúcia Reis, que também é presidente da Associação Piauiense dos Fissurados Lábio Palatinos (Funlabio).
O encontro virtual reuniu coordenadores de saúde bucal, cirurgiões-dentistas e demais profissionais inseridos na Estratégia Saúde da Família. O objetivo foi fortalecer o acolhimento e a condução adequada dos casos de fissura labiopalatina no âmbito da rede pública de saúde, promovendo um atendimento mais ágil e resolutivo.
Para a coordenadora de Saúde Bucal da Sesapi, Roberta Salvador, a capacitação assegura um cuidado mais humanizado às famílias. “O intuito é garantir apoio às famílias, que às vezes não sabem como proceder quando a criança nasce com essa má formação, e para o profissional saber qual o fluxo que esse paciente deve ser encaminhado para realizar o tratamento”, afirmou.
A fissura labiopalatina é uma abertura no lábio ou no palato (céu da boca), podendo ser completa, lábio e palato. Essas aberturas resultam do desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato, enquanto o bebê está se formando, antes de nascer. O lábio e o céu da boca desenvolvem-se separadamente durante os três primeiros meses de gestação.
Nas fissuras mais comuns o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. A mesma situação pode acontecer com o céu da boca. Em casos mais raros pode haver duas fissuras no palato, uma do lado direito e outra do lado esquerdo.