Teve início nesta terça-feira (11) o II Simpósio de Tuberculose do Piauí, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Coordenação Estadual de Doenças Transmissíveis, a partir da Supervisão Estadual de Tuberculose. O evento, que segue até esta quarta-feira (12), reúne profissionais da saúde, gestores e pesquisadores para debater estratégias de enfrentamento à doença e reforçar a importância do cuidado integral com os pacientes.
De acordo com os dados apresentados durante o encontro, o Piauí enfrenta um aumento na taxa de mortalidade por tuberculose, que passou de 1,8 para 2,3. O dado acende um alerta para a necessidade de fortalecer a rede de atenção e ampliar o diagnóstico precoce. “Essa realidade que a gente está trazendo aqui no segundo simpósio é para tratar a tuberculose como um problema de saúde pública. É uma doença crônica, de tratamento longo, mas que tem cura e é tratada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde”, destacou a coordenação da Sesapi.

A porta de entrada para os casos suspeitos continua sendo a Atenção Primária à Saúde, que desempenha papel fundamental na detecção e acompanhamento dos pacientes. A partir dela, o atendimento pode ser ampliado para os níveis secundário e terciário, conforme a complexidade de cada caso. “Trabalhamos de forma integrada entre os três níveis de atenção, garantindo que o paciente tenha acesso ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequados”, explicou o gestor.
Durante o simpósio, também foi discutida a necessidade de descentralizar os serviços laboratoriais e fortalecer a capacidade de resposta nas diferentes regiões do estado. Atualmente, três das quatro macrorregiões piauienses contam com metodologias rápidas de testagem, e a meta é expandir esse acesso, especialmente para o sul do Piauí.
O evento também enfatiza a atenção a populações mais vulneráveis, como pessoas privadas de liberdade, imigrantes e portadores do HIV. “Estamos trazendo essa pauta para garantir que ninguém fique sem assistência. O enfrentamento à tuberculose requer integração entre os serviços de saúde, academia e sociedade civil”, reforçou a coordenação. O simpósio segue até esta quarta-feira, com mesas de debate e apresentações técnicas sobre o cenário da doença no estado.











