A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) deu início, nesta terça-feira (25), ao seminário Intercâmbios de Culturas Alimentares Tradicionais do Piauí na Perspectiva da Equidade em Saúde. Realizado no campus central do Instituto Federal do Piauí (IFPI), o evento tem como objetivo discutir as diversas culturas alimentares existentes no estado como base para uma alimentação adequada, saudável e promotora de saúde e sustentabilidade.
O seminário trouxe debates sobre a relação entre culturas alimentares tradicionais e segurança alimentar, além de políticas públicas que valorizem essas práticas, reconhecendo suas riquezas e benefícios para a nutrição da população, ao mesmo tempo em que protegem esses elementos culturais.

“As culturas alimentares do nosso estado também atravessam a equidade, no sentido de promover uma alimentação saudável que leva saúde e valoriza a cultura e a tradição alimentar desses povos, reforçando os benefícios que vêm dessas práticas. Hoje temos aqui representantes da educação, do poder público e dos próprios povos tradicionais”, destacou Filipe Silva, coordenador de Equidade em Saúde da Sesapi.
Entre os temas discutidos, o combate à insegurança alimentar também foi destacado como um dos objetivos do evento, reforçando o papel do poder público na garantia de uma alimentação saudável que atenda às necessidades das minorias sociais.

“Nós temos o anseio de que essas culturas alimentares sejam norteadoras de políticas públicas, tanto na saúde quanto em outras áreas, assegurando a identidade alimentar e promovendo uma alimentação saudável que reduza o risco de doenças e o consumo de alimentos pouco benéficos presentes no dia a dia”, afirmou Norma Alberto, doutora em Saúde Pública e nutricionista da Coordenação de Equidade em Saúde da Sesapi.

A professora do curso de Tecnologia em Alimentos do IFPI, Rosana Martins Carneiro, destacou que a integração entre instituições de ensino, gestão pública e representantes dos povos tradicionais fortalece o resgate das culturas alimentares, contribui para o enfrentamento da insegurança alimentar e impulsiona o desenvolvimento de pesquisas e políticas públicas.
“Agregamos o conhecimento dessas culturas e desses povos a diversos âmbitos, evoluindo nosso trabalho como pesquisadores e gestores que elaboram políticas públicas. É um processo enriquecedor que permite a todos atuarem em uma causa contemporânea: a segurança alimentar”, finalizou.
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