O Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina, atingiu um marco histórico ao realizar, até agosto deste ano, 48 transplantes renais, um aumento de 118% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram realizados 22 transplantes. O resultado é fruto da reestruturação do serviço de transplantes e da integração entre a equipe multiprofissional.
Segundo a diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, o avanço foi possível graças à reorganização da unidade e ao trabalho conjunto das áreas envolvidas. “Conseguimos alinhar a equipe da Unidade de Transplantes com a linha de internação, o que reduziu o tempo de permanência dos pacientes no hospital e otimizou o processo de alta. Isso contribuiu diretamente para o aumento do número de transplantes em um curto período de tempo”, destacou.
O coordenador da Unidade de Transplantes, Erierbeth Ibiapina, também atribuiu o crescimento ao esforço coletivo. “Foi um trabalho integrado. Conseguimos otimizar o fluxo e oferecer mais agilidade no atendimento aos pacientes”, afirmou.

Transformação de vidas
Entre os pacientes beneficiados está Luzilene Araújo, moradora de Domingos Mourão, no Piauí. Após 11 anos em hemodiálise, ela encontrou um doador compatível e passou pelo transplante que transformou sua vida.
“Passei por momentos muito difíceis. Tive complicações na gestação, pré-eclâmpsia grave e acabei perdendo um bebê. Desde então, minha saúde se deteriorou e fiquei dependente da hemodiálise. Foi uma fase muito dura. Quando me ligaram dizendo que havia um rim compatível, senti medo. Não consegui responder de imediato. Depois, com apoio da família e dos médicos, decidi aceitar. Hoje estou muito feliz, agradecida e pronta para uma nova vida”, relatou emocionada.
Luzilene realizou o transplante no dia 8 deste mês e segue em recuperação. “Só de sair daquelas máquinas já é uma vitória. Ainda vou precisar de cuidados e medicação, mas agora posso sonhar com uma vida com mais qualidade”, afirmou.
