Por: Renato Rodrigues
O auditório Babaçu, no Blue Tree Hotel, em Teresina, recebeu nesta terça-feira (2) o 1º Seminário do Movimento Fraternidade Cristã, reunindo autoridades estaduais e representantes da sociedade civil para discutir o tema “A transformação digital pública e a participação popular no Piauí”. O evento contou com a presença do governador Rafael Fonteles, do secretário de Educação, Washington Bandeira, e do secretário de Estado da Saúde, Antonio Luiz, que abordou os avanços tecnológicos implementados na área da saúde.

Durante sua fala, o secretário Antonio Luiz destacou que a modernização do Sistema Único de Saúde no Piauí tem como ponto central ampliar o acesso da população que mais necessita. Ele relembrou que um dos primeiros atos da gestão atual foi autorizar a contratação de um sistema capaz de levar consultas especializadas para municípios distantes. “O governador, quando assumiu em janeiro, pediu que contratássemos um sistema que pudesse levar saúde especializada para quem não tinha acesso”, afirmou.
O piloto do projeto foi implantado em Piripiri, onde a espera por exames e procedimentos chegava a níveis críticos. Segundo o secretário, antes da iniciativa, um exame de tomografia podia levar até oito meses para ser realizado, e cirurgias eletivas registravam tempo médio de 464 dias de espera. “Em Piripiri, a tomografia era um absurdo: oito meses para fazer. Precisávamos mudar isso”, ressaltou.

Com a criação de uma central de diagnóstico no município, as consultas realizadas pelo Piauí Saúde Digital passaram a ser acompanhadas de exames feitos de forma ágil, sem que a população precisasse enfrentar filas históricas nos hospitais. Antonio Luiz reforçou que o modelo rompeu práticas antigas e evitou o colapso das demandas por exames decorrentes da ampliação das consultas.
O secretário destacou ainda que a mudança cultural tem sido um desafio. Muitos usuários ainda procuram diretamente os hospitais, sem passar pelas Unidades Básicas de Saúde. “No começo, havia resistência. As pessoas achavam que tudo tinha que ser no hospital. Mas, com o tempo, entenderam que a tecnologia melhora o fluxo e reduz as filas”, concluiu.












